26 Setembro, 2023

Estrategizando

Notícias, Reflexão e Ação.

A estatizada “economia de mercado” dos iliberais vista pelos zelenskianos (e britânicos) !

O liberalismo político económico social e cultural se é afirmado à direita nunca é realmente liberal apesar das confusões ideológicas propositadas impostas pela dita escola de Chicago ( sim a capital do gangsterismo) e o seu neo liberalismo dos golpes fascistas do Chile da Argentina do Brasil da América Latina em geral !

Na verdade a Direita dita “liberal” leva-nos a acreditar no seu liberalismo, adormece-nos col q m ele e um dia acordamos com o estatismo chapado à bofetada ( física ou não ) sobre nós… e então espantamo-nos !

A direita é de sobremaneira estatista quer em Portugal quer no resto do mundo e protege-se sempre nas costas do Estado enquanto perora contra o mesmo !

E acentuo o estatismo, o Estado é do que de pior temos da herança neandertal só superado pela loucura da defesa da propriedade privada acima de tudo e todos, aliás o fundamento do Estado !

E depois das experiências sovietistas, nada a ver com a Comuna de Paris, nem se entende ( enfim eu não entendo o porque raio ainda há quem nas Esquerdas endeuse o Estado em vez de pugnar pela solidariedade comunitária na política na economia no meio social !

Na verdade este protecionismo privatista vem sobretudo da pirataria anglosaxonica desde um tal Drake e a sua namorada Elizabeth até à atividade genocidaria sobre os índios estadunidenses

Aliás o clímax das teses “sancionatorias” atingiu-se quando todos os Estados do Mundo ( Rússia e Ucrânia incluidos) cercaram e vergaram com sanções globais um partido político livremente constituído, num país pobre/mais que muito rico, a UNITA em favor de um partido assassino/suicidario até ( 27.05.77), cleptocrata ( família dos santos e seu clã ) e absolutamente totalitário ( sem eleições de 1975 até 1992 e com fraudes eleitorais desde então)!

Pois agora é a vez da Ucrânia cujas últimas eleições locais deram uma absoluta derrota ao partido de Zelensky em 2021 ( na Rússia Putin ganhou perdendo votos para os comunistas russos ) e que proibiu já 11 partidos, prendeu e assassinou dezenas de adversários políticos ucranianos e assassinou 14 mil Donetz e luganskianos antes de se iniciar esta guerra que sobrevive à custa dos nossos impostos ( nosso todos os viventes no famoso ocidente ) e de não haver um referendo sobre se queremos ou não pagar esta guerra ou se defendemos a solução referendária para esta crise!

E claro lá surge o estatismo em cima de todos nós e la se vai à livre concorrência e a economia de mercado por causa de uma tal Agência Nacional de Prevenção da Corrupção (NAPC) ( nacional de ucraniana, isto é, de zelenskiana.. )

Nasceu assim nessa agência uma lista de “patrocinadores internacionais da guerra” da Ucrânia que cai sobre as empresas estrangeiras que ainda fazem negócios na Rússia, apesar da pressão estadunidense e ucraniana e uesina para se retirarem desse mercado!

A Ucrânia, isto é as autoridades zelenskianas de Kiev denunciam sem dó os considerados cúmplices com a economia bem capitalista de Putin.

E assim, multinacionais, CEOs, administrações, legisladores, líderes partidários e chefes de estado estão a ser alvo de ataque sem dó da Ucrânia de Zelensky, enquanto morrem também sem dó ucranianos e russos aos milhares!

Anda por aí ( mas sem a benevolência do “andar por aí” lusa) lista de “patrocinadores internacionais da guerra” da Ucrânia, uma listagem de empresas estrangeiras que, diz Kiev, apoiam a guerra por continuarem a fazer negócios com a Rússia, que pagam impostos ao governo central russo e assim dizem os zelenskianos sustentam o orçamento federal russo que financia os militares.

Estes “novos párias” são empresas
são os seus principais executivos e andam acusados ​​de fornecerem “bens e serviços de propósito crítico” que ajudam a perpetuar a invasão e “portanto, financiar o terrorismo”, uma acusação explosiva que faria qualquer empresa suar frio e tudo fora da lei tudo sem o direito jurídico à defesa !

E claro até universidades como estadunidense de Yale, apoiam essa lista atacando empresas europeias como a Boggi, a Benetton, a Lacoste e a Philips por ainda fazerem “negócios como sempre” na Rússia!

Serão mais de 550 empresas internacionais, muitas da Europa, s manterem-se no mercado da Rússia e em nome da economia de mercado a desafiarem os estatistas que pressionam a opiniao pública para as levar a sairem da Rússia, mas não da Ucrânia!

Dizem estes estatistas que existem 223 empresas as piores operando “negócios como sempre”, sendo umas da Itália (Boggi, Benetton, Calzedonia), outras da França (Clarins, Etam, Lacoste), outras da Alemanha (Siemens Healthineers, B. Braun) outras da Holanda (Philips)!

A dita e pouco legal Agência Nacional de Prevenção da Corrupção (NAPC) alimenta essa lista que chama de patrocinadores internacionais de guerra sendo os alvos prioritários das sanções as empresas que fornecem “bens e serviços de propósito crítico”, sabe-se lá o que tal é, ao setor público e privado, bem como contribuem para o orçamento russo, financiando assim o que chamam de terrorismo sem olhar para o seu umbigo diga-se!

Essa tal Agência, a NAPC, assumiu já 26 empresas internacionais que chama de patrocinadoras de guerra, entre as quais TMS Tankers Ltd., Minerva Marine Inc., Thenamaris Ships Management, Delta Tankers Ltd., Dynacom Tankers Management Ltd., Leroy Merlin, OpenWay Group, Danieli, Mondi Group, eKassir, Liberian International Ship & Corporate Registry, Bonduelle, Procter & Gamble, Comnav Technology Ltd., Auchan, Metro, Buzzi Unicem, Raiffeisen Bank International, Yves Rocher, China State Construction Engineering Corporation, SLB (antiga Schlumberger), Xiaomi, Peninsula Petroleum, OTP Bank, Great Wall Motor e Mondelez International.

Vejamos o caso Mondelez,

…esta empresa, com uma receita anual de cerca de $ 26 biliões e que opera em 160 países do mundo, está no mercado russo pela LLC “Mondelis Rus”, que possui três fábricas: a fábrica “bolchevique” , que produz biscoitos “Yubileynoe”, OREO, “Medvezhonok Barny” e bolachas TUC, produção em Pokrov (Alpen Gold, chocolate “Vozdushny”, Milka e Picnic bar), fábrica em Veliky Novgorod (goma de mascar Dirol e pirulitos Halls), tudo como se vê matéria militarmente sensível !

A Agência Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NAZK) colocou também o OTP Bank Group da Hungria em sua lista de “patrocinadores internacionais de guerra” por sua cooperação contínua com a Rússia, e explicou sua decisão dizendo que o banco húngaro continua a operar na Rússia e está agindo sob as disposições de uma lei de empréstimos cujos clientes são as autoridades russas nos oblasts de Donetsk e Luhansk.

Em 2022, a OTP pediu à consultora internacional Rothschild que encontrasse um comprador para o banco, mas as condições legais para a venda foram inviabilizadas pelo decreto presidencial russo entretanto emitido,…

Note-se o governo da Hungria em resposta terá bloqueado um apoio/empréstimo da UE à Ucrânia de Zelensky

A dita Agência designa Great Wall Motor como patrocinador de guerra, a 9 de maio de 2023

Trata-se de uma empresa fabrica e vende carros com suas próprias marcas, como GWM, Haval, WEY, TANK, POER e ORA.

O secretário do conselho da Great Wall, Xu Hui, disse que a empresa não tem planos imediatos de sair da Rússia e ao contrário considera a perspectiva de longo prazo de aumentar o seu investimento de mais de 3 biliões de yuans (US$ 472 milhões) naquele mercado, disse o órgão regulador.

Desde 2023, que a Rússia é o maior mercado de vendas fora da RPChina sendo a Rússia responsável por cerca de 30% das receitas externas chinesas existindo 115 concessionárias Great Wall Motor em toda a Federação Russa.

Essa dita Agencia da Ucrânia de Zelensky coloca uma empresa irlandesa, a Peninsula Petroleum na lista de patrocinadores de guerra, a 23 de abril de 2023, dizendo que, “Enquanto a Rússia sustentar sua economia ganhando com as exportações de petróleo do mar, a Peninsula Petroleum Limited continua a auferir lucros excessivos e a fornecer combustível para navios que transportam esse petróleo russo. Grandes petroleiros deixam a Federação Russa todos os dias pelo Mar Báltico, apesar do facto que a União Europeia impôs um embargo à importação de petróleo russo após a invasão em grande escala da Ucrânia”.

A Peninsula Petroleum, com sede na Irlanda, operando mais de 25.000 entregas por ano e oferecendo serviços de revenda de combustível, conhecimento técnico, gerenciamento de frota e serviços de iates, mundo fora…

E entretanto essa empresa escreve que “Esta continua sendo a nossa posição. A Península continua a ir além das atuais sanções da UE da seguinte forma:
Não fazemos negócios em portos russos;
Não fazemos negócios com empresas russas, sancionadas ou não;
Não fornecemos produtos ou serviços a embarcações de bandeira russa ou de propriedade de indivíduos ou entidades russas;
Não adquirimos cargas de petróleo russo para abastecer em nossos portos físicos; e
Fechamos toda a presença na Rússia logo após o início do conflito…
As orientações dos EUA, UE e Reino Unido publicadas em relação às proibições de transporte marítimo e serviços relacionados a petróleo e derivados de origem russa estabelecem claramente que a prestação de serviços de abastecimento a navios que transportam petróleo ou derivados russos não é proibida. No entanto, continuamos a manter o escrutínio por meio do rastreamento de embarcações, due diligence aprimorada e proteções contratuais…
Considerando a estrutura acima, não proibimos o abastecimento de navios de bandeira não russa que transportam legitimamente petróleo e derivados russos. Essas embarcações, muitas vezes pertencentes ou operadas por companhias marítimas globais e casas comerciais de commodities, continuam a transportar legalmente petróleo e derivados russos ao redor do mundo…”

Sabe-se lá quem fala verdade nesta guerra também de propaganda feita …

Mas no mercado global há ainda mais sanções que as aplicadas sem julgamento sobre a guerra eslava e vale agora lembrar o caso da Venezuela!

As autoridades venezuelanas defenderam face à justiça inglesa, que o governo britânico já não reconhece mais Juan Guaidó como “presidente encarregado” e, consequentemente, a justiça britânica deveria rever as decisões judiciais que deram ao líder opositor o controle sobre o ouro da Venezuela depositado em Londres…. Imagine-se um líder nunca eleito para tal!

E trata-se nada mais nada menos que mais de 30 toneladas de ouro das reservas estatais, avaliadas em 1,9 bilião de dólares (R$ 9,4 biliões, na cotação atual), guardadas ilegal e imoralmente nos cofres do Banco da Inglaterra, só que parece herdeiro da mente pirata de um tal Drake!

Por via de uma complexa sucessão de sentenças, recursos e contestações, a justiça inglesa determinou que Guaidó fosse o representante legítimo do país e decidiu que a junta do Banco Central da Venezuela (BCV) designada por ele poderia dar instruções ao Banco da Inglaterra na qualidade de cliente como que não reconhece as decisões do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano por considerar, entre outras coisas, que os juízes desta corte servem às determinações do presidente Nicolás Maduro…. ( viram tal acontecer em 48 anos de ditadura salazarenta ?)

“Em 31 de janeiro de 2023, o ministério britânico das Relações Exteriores escreveu à juíza Cockerill, sem que ninguém o tivesse pedido” e “declarou que o governo não considera mais Guaidó como ‘presidente interino'”, afirmou na terça-feira o advogado Richard Lissack perante três juízes da Corte de Apelação de Londres.

Argumentando que “as placas tectônicas do cenário internacional estão se movimentando”, o advogado da Venezuela pediu aos magistrados que arquivem a apelação e reenviem o caso a Cockerill para sua revisão completa pois como Guaidó não é mais o “presidente interino”, “o correto é voltar atrás”, afirmou mas sem conseguir convencer os juízes.

Pois aquela tonelada de ouro a juros ..

O novo neandertalismo como se vê passa pelo neo liberal que jeito dá estatismo !

Joffre Justino

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