A instabilidade continua … 

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) avançou hoje que vai manter a greve de 10 de maio, depois de se ter reunido com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

Segundo o seu dirigente os enfermeiros “querem respostas muito mais cedo”, ja que “O Ministério da Saúde não assumiu hoje o compromisso de, até ao dia 10 de maio, dia de greve nacional dos enfermeiros, fixar o conjunto das matérias a negociar, dos tópicos a negociar e da agenda negocial”, disse o presidente do SEP, José Carlos Martins, à saída do Ministério da Saúde, em Lisboa.

O SEP agendou uma greve nacional para o dia 10 de maio, com uma concentração às 11:00 no Campo Pequeno, em Lisboa.

“Os problemas são tão conhecidos e tão graves, há tantas injustiças e tanta discriminação, que os enfermeiros querem respostas muito mais cedo”, salientou.

De acordo com José Carlos Martins, o Ministério da Saúde e o Governo “não se comprometeram a negociar”, entre outras coisas, a contagem dos pontos e a alteração à carreira de enfermagem.

“Não assumiu negociar isto, a fixação destes tópicos, num protocolo negocial, até ao dia 10 de maio, que nos empurra para concretização desta greve”, frisou.
E entre estes conflitos laborais que mostram que o PSD não tem todos os sindicatos na mão, o BE, o PCP, o Livre e o PAN defendem uma audição da PGR no parlamento o que tem a oposição chegana

Estes partidos defenderam hoje a audição da procuradora-geral da República, PGR, no parlamento sobre a atuação do Ministério Público, ( em matéria que ha quem diga que envolve um “sindicato “ o dos magistrados públicos, e insistindo na necessidade de explicações, o que os cheganos consideram inadequada.

Tudo depois do presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, ter considerado hoje, em entrevista à Antena 1, que a procuradora-geral da República, Lucília Gago, deve prestar explicações na AR dados os processos que provocaram crises políticas.

Trata-se como é obvio das investigações do Ministério Público como as que levaram à queda do executivo anterior, liderado por António Costa, e do governo da Madeira, chefiado por Miguel Albuquerque, que provocaram em ambos os casos eleições antecipadas.

O líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, considerou que Lucília Gago deve explicações ao país e saudou Aguiar-Branco por se ter juntado a este apelo, salientando que "em 50 anos de democracia nunca se tinha assistido a episódio semelhante".

Os bloquistas não vão, para já, avançar com um requerimento para chamar Lucília Gago ao parlamento, pois esperam que a própria se disponibilize a dar explicações aos deputados.

Mas “se a procuradora continuar fechada sob as suas masmorras, continuar a ser evasiva, achar que no século XXI é possível administrar a Justiça como o tem feito, o BE procurará num campo mais alargado para garantir que a procuradora venha à AR".

O deputado António Filipe pelo PCP prefere aguardar que Lucília Gago se disponibilize a prestar esclarecimentos no parlamento sobre a atuação do MP dizendo que os comunistas não vão avançar com nenhum requerimento mas também não vão inviabilizá-lo caso seja apresentado por outra força política.

Para o PCP, "há alguns pontos de princípio que devem ficar claros: a PGR não responde politicamente perante a AR; a autonomia do MP é um princípio basilar do estado de direito democrático e deve ser respeitado e a PGR não pode nem deve prestar esclarecimentos sobre processos em concreto".

Pelo Livre, o deputado Jorge Pinto insistiu que a PGR deve explicações "aos deputados mas sobretudo ao país" e afirmou que o seu partido vai propor que o tema seja discutido em conferência de líderes de forma a perceber melhor o "âmbito desta chamada".

Também a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, considerou que a eventual audição de Lucília Gago no parlamento "não belisca a separação de poderes", insistindo na necessidade de explicações por parte de Lucília Gago.

O golpe de estado a ser desmontado …?

Joffre Justino