Soneto do 25 de Abril

Sempre te admiramos, Portugal,

por teu fado de história e humanidade,
tua conquista da fraternidade
tua luta incruenta e sem igual.

Combateste com lágrimas de sal
nos teus olhos vermelhos de crueldade,
mas com a alma maior que a imensidade
sem apelo à vingança a qualquer mal.

Com as armas do amor e da verdade,
em consciência e clamor de liberdade,
derrotaste os tiranos e os vilões.

E desmontaste o ódio dos covis
com teus cravos na ponta dos fuzis
e uma canção na boca dos canhões.

Lisboa, 19 de abril de 2024

 

Paulo Martins

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Foto de destaque: IA;  imagem criada para ilustrar o artigo do poema "Soneto do 25 de Abril". A cena captura a essência do poema, destacando o simbolismo dos cravos vermelhos e a união das pessoas, emolduradas pela luz suave do amanhecer.