“Vós que lá, do vosso império
Prometeis um mundo novo
Calai-vos que pode o povo
Querer um mundo novo, a sério!
Aquele que trabalha e come,
Não come o pão de ninguém.
Mas quem não trabalha e come,
Come sempre o pão de alguém!
António Aleixo”

Não estamos velhos, somos somente idosos eis como Pedro Ferraz de Abreu nos permite apresentarmo-nos, nesta segunda metade do segundo decénio do século XXI !

Quando me refiro a nós falo de uns tantos que, nas praias nao só lusas mas da Lingua Portuguesa, se bateram para criar alternativas às Esquerdas então ja “tradicionais”!

Errámos em muita coisa, evo pior é que nos fomos dividindo, na busca histérica de uma “linha justa”, que, depois de empurrarmos para a Direita, primeiro os Republicanos, depois os anti fascistas, a seguir os comunistas e, finalmente entre nós mesmos empurrando-nos para quase suicídios!

Pedro Ferraz de Abreu, num Intróito essencial, mostra como é bem possivel que estas guerras tribais ( opinião nossa a partir da leitura desse Intróito), não sejam mais que nuvens de fumo para esconder a incompetência das elites para superarem crises globais naturais, como a pandemia do Covid19, e claro banalizar a morte num tempo em que a idade media de vida na UE atingiu em 2021 e apesar do covid 80.1 anos ( há um século em Portugal era de 36 anos! ), pois há que nos empurrar para a morte no horror da guerra quiçá nuclear!

Pedro Ferraz de Abreu não esquece “ os traços de outra pandemia que se vem enraizando desde há demasiado tempo ao ponto de se tornar endemica : a exploração do Homem pelo Homem que por sua vez agrava a desigualdade entre os povos e os indivíduos.”

E releva que “a crise covid19 atingiu de forma desproporcionada os que ja estavam mais desprotegidos…” !

Como denuncia que nestas guerras tribais pós covid “ de um lado e do outro estão potencias nucleares”!

E não esquece que “ a esquerda parece prisioneira entre o papel pragmático de mitigador moderador dos piores efeitos da crise económica e da guerra … e o papel “radical” de paladino de “minorias” mas cujos exageros “identitários” distanciam o povo da Esquerda - e assim entregam as “maiorias” à Direita”!

Feita muito sinteticamente a apresentação iremos continuar a debater este Por um Mundo Novo a Sério, de Pedro Ferraz de Abreu!

E sim se there is no alternative( TINA), então, DESATINA !
( edições Colibri, a comprar antes que esgote)

Joffre Justino