Vale a pena seguir a sugestão do atual bastonário da Ordem dos Advogados que espera que a próxima procuradora-geral da República, Lucília Gago, mantenha as boas relações institucionais entre os dois organismos e que discuta os temas da justiça de forma frontal.
Discutamos a Justiça com Frontalidade sr Guilherme Figueiredo!
Mas discutamos a mesma sr Bastonário, para além do debate de casta ( isto é entre colegas do atual PR) mas sobretudo com aqueles para quem a justiça se dirige – os cidadãos e o Estado e as relações entre ambos
Diz o sr bastonário que “Não tenho grandes referências, sei que vem do direito da família e menores. Desejo, contudo, que se mantenham as boas relações institucionais sem prejuízo da forma como cada um vê a justiça”, o que antes do mais releva uma boa dose de má educação da parte do sr Guilherme Figueiredo e aparentando ter alguma dose de “dor de cotovelo” tão garantida estava a opção JMarquesVidal entre a casta da dita justiça!
O bastonário dos advogados estranhamente sublinha, diz a Lusa, que o facto de a magistrada vir da área da família em nada interferirá no combate ao crime económico como se houvesse relação entre temas, pois coordenar é acompanhar em liderança e não ser o próprio a fazer.
Mas sr Bastonário da OA, há justiça em Portugal, eis a questão que se põe!
Num país em que um ex PM conhece durante 10 meses a cadeia sem direito à defesa, sem argumento para o manter preso enquanto que o “dono disto tudo” por acaso envolvido em processo comum por o ser e ir à missinha todos os dias fica a banhar os pezinhos na sua piscina particular, mostra o como andou a Justiça com JMVidal.
Mas falemos da falta de visão na Justiça que leva a que as cadeias estejam a abarrotar gerando um custo financeiro ( o sustento sem retorno) económico ( a perda de RH) e social ( as cadeias dizem os experts são a Universidade do Crime) e que na Justiça não se queira sequer ouvir as visões alternativas que defendem até o fim destes espaços de crime diário.
Como falemos ainda da falta de apoio judicial aos pobres aos sem abrigo a não ser por via de estagiários para que os “grandes escritórios” de advogados se dediquem aos negócios das leis e não à aplicação das mesmas.
Falemos da inexistência de controlo ao lobismo em que esses “escritórios” caíram que vão do controlo de ministérios ao de deputados aos de vereadores e por aí fora na maior impunidade !
Debatamos pois a Justiça que vive de carreiras de intocáveis e não da eleição dos juízes e procuradores do controlo democrático dos mesmos pelos cidadãos!
Joffre Justino
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