A guerra na Ucrânia nunca foi apenas sobre território. Trata-se de um embate entre dois modelos de mundo: um onde a democracia, a liberdade e o estado de direito prevalecem, e outro onde o autoritarismo se impõe pela força das armas e da desinformação. Zelensky não está sozinho nesta luta. Os Estados Unidos, a União Europeia e vários aliados continuam a fornecer apoio militar e financeiro porque compreendem que a queda da Ucrânia significaria uma expansão ainda maior das ambições imperialistas do Kremlin.
Nos Estados Unidos, Donald Trump e seus amigos têm demonstrado uma postura alarmante em relação à guerra. O ex-presidente e alguns dos seus comparsas políticos insistem em desacreditar o esforço ucraniano, espalhando narrativas falsas e promovendo uma postura isolacionista que apenas beneficia Putin. O apoio de Trump à retirada do suporte à Ucrânia é um golpe à segurança global, pois abriria precedentes perigosos para que regimes autoritários avancem sem consequências.
Enquanto Trump e a Fox News promovem teorias de conspiração e enfraquecem a confiança na aliança ocidental, Zelensky continua a liderar uma nação em guerra, enfrentando desafios colossais e mantendo a moral do seu povo elevada. Os que insistem em declarar a sua derrota ignoram o facto de que, até ao momento, a Ucrânia conseguiu impedir a conquista total russa e infligir danos significativos ao exército de Putin.
Muito se fala sobre o crescimento da economia russa, mas ignora-se que este é sustentado por uma militarização extrema e pelo isolamento do mercado internacional. A dependência da China não é um sinal de força, mas sim de fragilidade. O aumento das exportações para Pequim não compensa o impacto das sanções ocidentais, e a própria elite russa sente a pressão de um futuro incerto.
Apoiar Zelensky não é apenas uma questão de defender a Ucrânia; é uma escolha entre um mundo livre e um mundo governado pelo medo e pela opressão. Aqueles que minimizam esta guerra ou tentam reescrever a narrativa para favorecer Putin fazem um desserviço à história e à própria civilização ocidental.
Zelensky continua a lutar porque sabe que a liberdade tem um preço. Cabe ao mundo livre decidir se está disposto a pagar esse preço ou se prefere assistir passivamente à ascensão de regimes que não hesitam em massacrar populações para alcançar os seus objetivos.
Os líderes da União Europeia, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e António Costa, presidente do Conselho Europeu, reafirmaram esta sexta-feira (28) o seu total apoio a Volodymyr Zelensky, assegurando-lhe que "não está sozinho". A declaração surge após um aceso confronto verbal entre o líder ucraniano e Donald Trump na Casa Branca, evidenciando a clara divisão entre aqueles que defendem a democracia e aqueles que preferem ceder à retórica populista e autoritária.