Com estreia oficial agendada para o dia 21 de novembro, a iniciativa conta com o apoio da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) e da **Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género**.
Inspirado em factos reais, o filme de Pedro Varela vai além da narrativa ficcional para abordar, com coragem e sensibilidade, as diferentes formas de violência que mulheres enfrentam em contextos sociais, raciais e económicos distintos. A trama gira em torno de duas personagens: **Mary**, interpretada pela atriz britânica Ellie Bamber, uma estudante americana que sofre um sequestro no Rio de Janeiro; e **Miriam**, vivida por Mari de Oliveira, uma jovem ativista negra que enfrenta não apenas desafios sociais, mas também o assédio persistente de um político corrupto.
Com este filme, Pedro Varela dá vida a uma história que questiona as desigualdades no tratamento das vítimas e expõe a urgência de um olhar crítico sobre a violência de género.
O programa da sessão especial foi cuidadosamente planeado para aliar a exibição da obra a um debate com impacto social. Estão confirmadas as presenças de especialistas como **Mariana Batista** da APAV e **Sandra Ribeiro**, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. A conversa, moderada pelo próprio realizador, visa explorar soluções concretas e mobilizar consciências.
O evento promete ser ainda mais especial com a presença de nomes de destaque do panorama cultural português, incluindo Ricardo Pereira, Maria João Bastos, Afonso Pimentel e muitos outros.
A escolha da data não é casual. A estreia de “Vidro Fumê” antecede o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, celebrado a 25 de novembro, e posiciona a obra como uma ferramenta de denúncia e transformação social.
Nas palavras de Pedro Varela, “Vidro Fumê nasceu para esmiuçar a anatomia de um crime. É uma história que desafia o silêncio e faz um apelo à ação contra uma estrutura que perpetua a violência de género.”
Mais do que um filme, “Vidro Fumê” é um manifesto visual que cruza arte, ativismo e empatia, abordando com profundidade os contrastes e as semelhanças entre vítimas de diferentes contextos. É uma oportunidade única para o público português se juntar a um movimento global que exige igualdade, segurança e justiça para todas as mulheres.
Confirmações de presença podem ser feitas para Juliana Rodrigues através do email jr@ban.pt ou pelo número 939 743 143.
A sociedade precisa de histórias como esta. Afinal, como diria Simone de Beauvoir, “Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.”