Sem citar qualquer rompimento com o Legislativo, Haddad reslçou que o Executivo não vê a decisão como uma traição, mas demonstrou incomodo com a condução do tema pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a quem fez um apelo público por retorno de contato.
"Estou aguardando o retorno de uma ligação que fiz para ele na semana passada", afirmou o ministro."Eu fiz uma ligação e estou aguardando o retorno. [Ele] tem que ficar à vontade também. O presidente Hugo Motta frequentou o Ministério da Fazenda como poucos parlamentares.
É uma pessoa que é considerada amiga do Ministério da Fazenda. De todos aqui, não é só de mim. E sabe que tem livre trânsito. Não tem nenhuma dificuldade, da minha parte nenhuma", prosseguiu.
A polémica teve início após o Congresso Nacional, com apoio expressivo de parlamentares, vetar no mesmo dia o decreto do governo que aumentava o IOF.
A proposta, mesmo após ter sido modificada em reunião com Haddad para reduzir seu impacto, foi rejeitada tanto na Câmara quanto no Senado.
Diante da derrota, o governo federal estuda entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), através da Advocacia-Geral da União (AGU), para tentar restaurar a validade do decreto.
Na véspera, Hugo Motta afirmou à imprensa que não traiu o Executivo e que já havia alertado o governo sobre as dificuldades para aprovar o texto no Congresso.