Aos jornalistas, Haddad ressaltou que não anteciparia o conteúdo da decisão jurídica tomada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que será levada a público ainda na manhã desta terça.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo continuará a dialogar com o Congresso Nacional, apesar do desgaste causado pelo veto  do decreto que previa o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Sem citar qualquer rompimento com o Legislativo, Haddad reslçou  que o Executivo não vê a decisão como uma traição, mas demonstrou incomodo com a condução do tema pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a quem fez um apelo público por retorno de contato.

"Estou aguardando o retorno de uma ligação que fiz para ele na semana passada", afirmou o ministro."Eu fiz uma ligação e estou aguardando o retorno. [Ele] tem que ficar à vontade também. O presidente Hugo Motta frequentou o Ministério da Fazenda como poucos parlamentares.

É uma pessoa que é considerada amiga do Ministério da Fazenda. De todos aqui, não é só de mim. E sabe que tem livre trânsito. Não tem nenhuma dificuldade, da minha parte nenhuma", prosseguiu.

A polémica teve início após o Congresso Nacional, com apoio expressivo de parlamentares, vetar  no mesmo dia o decreto do governo que aumentava o IOF.

A proposta, mesmo após ter sido modificada em reunião com Haddad para reduzir seu impacto, foi rejeitada tanto na Câmara quanto no Senado.

Diante da derrota, o governo federal estuda entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), através  da Advocacia-Geral da União (AGU), para tentar restaurar a validade do decreto.

Na véspera, Hugo Motta afirmou à imprensa que não traiu o Executivo e que já havia alertado o governo sobre as dificuldades para aprovar o texto no Congresso.