Vejamos pois, afirmando desde ja que desconheço quem seja este JMC … e avançando que defendo de fora da UNITA a liderança de Adalberto da Costa Jr
Meu velho Amigo e companheiro MV Furtado
Melhores saudações
Encontramo-nos sempre em momentos cruciais da nossa caminhada política. Estou em Lisboa e juntos mais uma vez para novos combates.
Segue o texto em anexo que marca o início deste novo combate e como sempre a sua opinião e sabedoria é fundamental para o sucesso.
ACJ o herói e vilão da UNITA
Por: JMC
Igual a si próprio, Adalberto Costa Júnior (ACJ), como preferiu dar-se a conhecer em Angola aos angolanos foi sempre uma figura polémica, narcisista, conflituosa e irascível. Em Lisboa, era conhecido como o Eng.º Adalberto da Costa Júnior, o AD ou Beto para os seus séquitos.
1.
Tenho duvidas que tenha havido um séquito Adalberto na Delegação da UNITA dados os pesos pesados que a UNITA fez passar por Lisboa e dada a presença forte do MV Fontoura, pois relevo que não há figura essencial de hoje na UNITA que nao tenha passado e deixado marca na Delegação.
Ainda muito jovem, assumiria a pasta de Representante da UNITA em substituição de Alicerces Mango, diplomata hábil e desconfiado que viria desempenhar as funções de Secretário Geral da UNITA no período pós Bicesse. ACJ é um quadro competente, um político completo, tem a sagacidade de um jaguar, uma cultura acima da média, é trabalhador e um excelente orador, sobretudo, com os medias, mas é rancoroso. Tem experiência e como defendo nos meus círculos, daria um excelente Ministro da Relações Exteriores, pois é hábil negociador e marqueteiro por excelência, salvo o neologismo brasuca.
2.
Iniciei a minha relação ainda distante e em nome estritamente da luta pela Democracia e pelos Direitos Humanos em especial depois da minha primeira visita à Jamba, surgida a convite do socialista João Soares, ja que não tinha qualquer relação com a UNITA, para alem da amizade que tinha a Jaka Jamba que conheci em 1966/7 na Nova Lisboa/Huambo .
Dessa visita qual surgiu a ASDEPA, Associação de Solidariedade Democrática Portugal Angola, ASDEPA, nascida com o meu e do Ze Brandao entusiasmo e a simpatia da Fatima Roque
Nessa altura tive um relacionamento bem distante com o Adalberto diga-se
Porém, ACJ, não é um líder consensual, não é um líder carismático, não é um líder entusiasta, muito menos um lider de massas, que saiba ouvir, senão a ele mesmo, é na sua essência um líder tecnocrata. A UNITA é um Movimento/Partido de massas. Entre outras fraquezas, não é um poliglota e não domina nenhuma língua materna, importante para o nosso contexto angolano.
3.
Não concordo nada que o Adalberto fosse em Lisboa o dirigente elitista e tecnocrata, bem pelo contrario vi-o a mobilizar os membros da UNITA logo após o meu recuo para Lisboa face ao golpe de Luanda.
Estava então claro o que ia acontecer logo em cima da Fraude eleitoral de 1992 e do ensaio de golpe militar no Huambo no pós eleições onde o MPLA foi claramente derrotado após uma dezena de horas de ataque aos edifícios onde estariam dirigentes e personalidades ligadas à UNITA como o cantor Samangwana, o hotel Almirante onde estava a almoçar ocasionalmente com um general das FALA ( perdoem a falta de memória), e Luis Figueiredo por ter optado por sair de Luanda onde era visível a fragilidade de UNITA como alias também defendeu se não me engano o general Numa que saiu de Luanda com os seus militares!
Foi realço com o apoio do Adalberto e do Isac Wambembe que a minha sugestão e empenho os angolanos se manifestaram por varias vezes à frente da Missao da ONU, ou à frente da presidência da republica.
Ora, é um erro de cálculo transformar a UNITA num partido elitista, em partido de quadros, enviusado ao centro direita, anulando o seu ADN de Movimento/Partido de esquerda Maoista ou centrista.
4.
A UNITA sempre a vi como uma Frente política que juntava nacionalistas anti soviéticos, num país militarmente ocupado por soviéticos, cubanos e afins, uns claramente das Direitas, outros sim maoistas todos a verem no Presidente Savimbi o elemento agregador
Nunca senti que o Adalberto tenha procurado elitizar a delegaçao da UNITA em Portugal e diga-se nem os restantes membros da representação como o Carlos Morgado permitissem tal.
Em Portugal, logo após o descalabro do processo de 1992, ACJ impôs aos filhos de altos dirigentes, alguns dos quais saídos das custódias do Trópico, do MINDEF, entre outros locais, inclusive órfãos, a obrigatoriedade de assinatura de um documento a reconhecerem que eram da UNITA e não fantoches.
5.
Eu não era da UNITA era um forte simpatizante deste espantoso e muito humano partido, que aprendi a conhecer a partir de 1987 pois estive preso em 1973 pelos colonial fascistas e estava bem mais ligado ao MPLA que à UNITA
Tinha uma intensa atividade profissional na area da consultoria em RH e numa escola profissional e alias na escola profissional estudaram um bom numero de Angolanos recuados para Portugal a maior parte da UNITA, mas também do Mpla e de familias caluanda mais ou menos mpla’s, por causa da II guerra civil
O que me lembro foi uma intensa atividade liderada pela representação no todo e sob a coordenação do Carlos Morgado no sentido de denunciar os atos repressivos que levavam a fuga de tantas e tantos Angolanos.
Houve claro e é sabido uma grave cisão imposta pelo mpla ainda antes dos acordos de Bicesse e com continuidade depois da mortandade de fim de outubro / princípios de novembro de 1992 com deputados a serem comprados pelo medo ou por dinheiro ou pelas duas razões e tal ficou a marcar toda a UNITA dado que o Mpla tudo fez para comprar as e os Angolanos residente em Portugal e com o apoio dos governos portugueses!
Para tal nasceu uma comissão contra a repressão e o CDDA Centro para o Desenvolvimento e a Democracia em Angola que realizaram n Encontros de Angolanos, a larga maioria da UNITA, sob a coordenação de Carlos Morgado
Imaginem por exemplo o Makanga, que ainda carregava as sequelas dos ferimentos nos maxilares, cujo pai foi um dos primeiros a tombar em Malange assinar tal documento ou o Geninho, educado pelo primo/irmão Alicerces Mango, assinar tal documento, a falecida filha primogénita do Alcides Sakala, a Lulu Jamba, filha da irmã da Gilo, a Miraldina Jamba, o Betinho Jamba, irmão do menos polémico Sousa Jamba, entre outros, outros e outros para não alongar a lista. Salva excepção foi a Tidinha Sapalalo que mereceu um apoio diferenciado, de todos os outros. Nem mesmo as irmãs, Ana Bela e Alice, esposa do Tony Chivemba mereceram tal tratamento VIP.
Esta decisão mesquinha de ACJ esteve na origem do afastamento de uma boa parte dos quadros jovens que encontraram em Portugal porto seguro para darem continuidade aos seus estudos médios e superiores.
6.
Volto a insistir distante que era da UNITA não acompanhei esse processo mas nao poucos dos nomes acima estudaram sem custos nos estudos quer na minha escola profissional ( o Betinho Jamba foi um dos melhores alunos dos então estudantes da minha escola profissional ) e sob minha direta influência na Universidade Lusofona!
E nao soube dessa exigência que a ter existido foi certamente por decisão não do Adalberto mas do coletivo liderado pelo Carlos Morgado e diga-se ainda hoje tenho um carinho especial pelo Makanga e não só pelo que sofreu mas pelo que cá lutou pela Democracia em Angola!
Aliás, até então ACJ era amigo do peito de Rui Galhardo, entre nós Rui Silva, de Zé Pedro Catchiungo, do Carlos Morgado e Celita esposa deste, de Rui Oliveira, do Jójó, do Joffre Justino, do Carlos Fontoura e Fátima Roque.
As divisões, entre ACJ e amigos, começam a partir do momento em que Carlos Morgado, avança com o projecto da Comissão Política para Libertação dos Presos Políticos em Angola -CPLPPA - salvo erro, uma iniciativa que tem o apoio do Jonas Savimbi e que reabilita a imagem de Carlos Morgado e ajuda milhares de angolanos a escaparem dos fuzilamentos selectivos promovidos pela inteligência do MPLA e, outros a saírem do país. Ao nível de Portugal, Carlos Morgado consegue apoios médicos e medicamentos para auxiliar o interior do País e bolsa de estudos que beneficiou a maior parte dos filhos de quadros e dirigentes da UNITA mortos ou presos em Angola. As bolsas viriam a beneficiar igualmente filhos de militantes da UNITA em Portugal e jovens refugiados em Portugal.
7.
A cisão entre o Carlos Morgado e o Adalberto dá-se em finais de 1995 ou princípios de 1996 e a Comissão Política para Libertação dos Presos Políticos em Angola -CPLPPA - ( salvo erro tambem !) que acima ja referi era uma comissão contra a repressão que o Carlos Morgado fez nascer mal foi libertado da prisão de Luanda e em 1993 e foi uma sua intensa atividade que à minha frente pelo menos teve o apoio do Adalberto!
Em 1995 / 1996 nasce um conflito que só acompanhei de fora da UNITA por conversas do Morgado e do Rui Oliveira e aproveitando a ida ao Bailundo para uma entrevista de um historiador ( não direi o nome mas é uma muito boa entrevista publicada em livro) que o Presidente Savimbi reune à parte connosco e debatemos a guerra Adalberto versus Morgado e sou eu, aproveitando algo referido pelo Presidente, que sugiro que o Morgado fique em Lisboa e o Adalberto vá para a representação de Roma nascendo daqui o Isac Wambembe como representante!
É aqui onde entra o apoio que o aprendiz de canalização João Pinto (polémico deputado do MPLA) recebe apoio de Bolsa, mas não financeiro. Recordamos que era o início das Universidades privadas em Portugal e havia bolsas com isenção de propinas, para os PALOPS e Angola, tinha a lista de estudantes vindas da embaixada, sector dos estudantes, e da UNITA, sector de quadros da Representação. Algumas universidades defendiam um certo equilíbrio para não beneficiar uns e deixar outros de fora.
8.
Outro erro de JMC pois fui eu e o Luis Figueiredo quem num jantar com altos responsáveis da Universidade Lusofona em janeiro de 1993 abriu a porta para que estudantes da UNITA e sem mpla’s no meio fossem estudar gratuitamente para esta universidade. Estudaram na Lusofona umas boas centenas de estudantes sendo certo que ao fim de algum tempo o mpla também beneficiou desta abertura da Lusofona
O sucesso da CPLPPA, rapidamente acelerou a crispação interna entre os velhos amigos e, ACJ como exímio manobrador, impõe como poucos, à Jonas Savimbi a criação do Cargo de Vice representante. ACJ, vai buscar um quadro do Norte, branco de Malange, o meu bom amigo José Manuel Amaral Costa e procura rapidamente esgotar a influência crescente de Carlos Morgado que se afigura como o bom PAI branco dos "fracos e oprimidos" negros da jamba e não só. Junta-se à Carlos Morgado, Luís Trigo, Isaac Wambembe, Doroteia, Tininha Fortuna, Zé Pedro Catchiungo, Bento Ezequias, o homem das comunicações, Rui Silva, Rui Oliveira e Joffre Justino. E com eles todos os estudantes com bolsas internas e externas, inclusive os bolseiros provenientes das FALA nas FAA que faziam as Académias Militares em Portugal.
9.
Poupo-me desse ridiculo debate de brancos e não brancos e se o Carlos Morgado teve muitos erros nunca o vi nesse discurso do “bom branco”, sendo certo que me inclino mais para o sectarismo do Carlos Morgado a acirrar o Adalberto, um com um discurso populista e com a aura de vir das matas, e o outro com um discurso centrista é certo mas conhecedor dos meios portugueses da UNITA( … cabe aqui referir a influência nefasta e divisionista da Fatima Roque em tudo isto…)
Jonas Savimbi, não concorda com a criação do novo cargo de Vice representante que teria como missão o apoio das comunidades, auscultação dos militantes e assuntos domésticos, ficando ACJ a coordenar a diplomacia, assuntos empresariais, políticos e imprensa. ACJ, encontra neste figurino um escudo pretoriano para não ser importunado pela plebe e assuntos menores. No nº 82 do 1º andar da Rodrigo da Fonseca só tinha acesso os notáveis, nem os quadros do Terra Angolana tinham acesso, salvo o seu director Raimundo Sotto Mayor e por marcação.
A imposição do cargo, levaria Jonas Savimbi a convocar Rui Galhardo e Rui Silva, em 1995, ao Bailundo para explicarem o que se passava na Representação.
9.
Bem… ja expliquei que o Rui Silva pouco ou nada tem a ver com o filme e vale recordar a coragem do Adalberto que vai casar em plena guerra ao Huambo.
ACJ, controla a punho a linha editorial do Jornal Terra Angolana, levando mais tarde, Jonas Savimbi a questionar e afirmar "não reconheço o Terra Angolana como um Jornal da UNITA" na abertura do 8º Congresso da UNITA em 1996.
10.
Bem, eu fui como é sabido do Terra Angolana durante todo o 1992 e durante os 9 meses que la trabalhei nunca em Luanda censuraram textos meus ! Mas houve um ou outro censurado aqui em Lisboa.
Lembro até uma noticia que fiz no Uige de uma manifestação anti soviética no Uige dos jovens da JURA face a um jeep de russo-ucranianos ( sim assim mesmo) bem armados e aterrorizados perante a veemência daqueles jovens anti social imperialistas !
Em Lisboa, um jornalista da equipa de Lisboa, e não o Adalberto, travou a noticia da talvez a ultima manifestação anti social imperialista, do mundo… quase chorei de zangado!
Em 1996, ACJ tenta por todos os meios ser recebido por Jonas Savimbi, no bailundo sem sucesso. Acabaria por ser recebido por Alcides Sakala, o boss das Relações Exteriores. A desobediência, viria custar-lhe o cargo e Jonas Savimbi, agastado com os excessos de ACJ, voltaria antes de cortar todos os contactos a questionar-lhe, "se não terminaste os estudos, porquê que se intitula de engenheiro?". Jonas Savimbi aconselha-o a voltar a estudar, a concluir as unidades curriculares em falta.
ACJ naquela época, tal como hoje, ficou reduzido ao apoio de uns amigos no interior tais como Camalata Numa, Amós Chilingutila, António Dembo, Altino Bock e em Lisboa de uma minoria elitista, snob e distanciado das bases que constituem o apoio natural da Organização. Daí à queda foi um passo, Alcides Sakala seria enviado para realizar um inquérito ou auscultação para apurar o estado da Representação. Pouco tempo depois, sai a equipa de ACJ.
11.
O relato acima da ida ao Bailundo desmente esta versão da queda do Adalberto que na verdade em Roma mostrou que eu tinha toda a razão- o Adalberto mostrou-se um ótimo diplomata em Roma trazendo muita simpatia à Unita no Vaticano, até aí muito mplista.
Sobrevive apenas Carlos Fontoura, Corte Real Sequeira e Bento Ezequias. Entra uma nova equipa, mas pouco tempo depois surgem as Sanções da ONU, são encerrados os escritórios da UNITA, vem o Embargo de contas, limitação da mobilidade dos diplomatas da UNITA. Neste contexto, surge uma nova oportunidade para ACJ e Jonas Savimbi, despacha-o para Itália onde, com o apoio do padre Bongo entre outros, iria fazer um notável trabalho de diplomacia oficioso.
12.
De novo desmentido acima e mais as sanções a sério e na Europa nao afetaram o enorme potencial enquanto diplomata de Adalberto que apoia ativamente a Comissão de Justiça Paz e Reconciliação em Angola que me levou episodicamente a dirigente da UNITA e à cisao entre mim e o Carlos Morgado
Passa o tempo, só não passa a vontade e a morte de Jonas Savimbi e António Dembo, daria a oportunidade dos quadros e diplomatas da UNITA, regressarem a Angola para reunificarem o Partido, dividido entre a Comissão de Gestão chefiada pelo então Secretário Geral Lucamba Gato, a UNITA Renovada a cabeça com Jorge Valentim e Eugénio Manuvakola e a Missão Externa chefiada por Isaías Samakuva. De lisboa saem Zé Pedro Catchiungo, Carlos Morgado e ACJ de Itália. Carlos Morgado, junta-se a Isaias Samakuva, tal como o Zé Pedro. ACJ abraça Lukamba Gato. Ao meio do percurso, ACJ percebe que Lucamba Gato dá um "tiro no pé" ao decidir ser árbitro e jogador ao mesmo tempo quando anuncia a sua candidatura a líder de sucessão. Samakuva, chefe da Comissão Conjunta nos acordos de Lusaka, diplomata e conciliador nato, observador e pacifista, recebe e congrega ACJ na sua lista. A Victória sorri aos samakuvistas. Do Canadá enviamos kits de propaganda e agendamos a primeira visita oficial de Samakuva aos Estados Unidos onde iria desenvolver importantes encontros para levantarem as imposições e restrições de mobilidade dos quadros e dirigentes da UNITA e relançar as estruturas externas da UNITA junto das Comunidades.
13.
Sem ter nada a ver com a opção de Adalberto apoio o general Gato e apesar de n insistências de dirigentes como o Chivukuvuku fui até ao fim no Congresso com o Gato
Nesse Congresso vi o direitista Jardo Muekalia tudo fazer para que a UNITA virasse à Direita o que na Comissão onde tal se discutiu consegui travar
No entanto, chegado a Lisboa e uns mesitos depois, Samakuva coloca a UNITA nas maos dos republicanos estadunidenses como o Jardo defenderá enquanto eu venci na Comissão com a manutenção da independência internacional da UNITA ate o congresso seguinte.
Foi entao que abandonei a UNITA
ACJ insurreto, não pára quieto, aparece como o "garganta funda" junto da Presidência, faz alianças com o falecido Canganjo, iniciam as crises de gabinete com Juju Sayongo, falecido e entra em rota de colisão com Carlos Morgado, cada vez mais distanciado da Presidência onde ACJ tem Ernesto Mulato como amigo, ganha grande influencia junto de Samakuva, pois tem como moeda de troca, a Rádio Despertar que adquire os equipamentos e monta a estrutura directiva, tem amigos e aliados políticos e empresariais em Portugal e algum apoio junto do Vaticano.
ACJ consegue ser o rosto da diplomacia, internamente, opera como conselheiro, consultor económico e cuida da imagem e marketing da UNITA. É o assessor de tudo e para tudo, ou seja, o faz tudo, o sabe tudo.
Surgem as makas com os 16 deputados, com o Zé Pedro, com o Maluka, com o Salombe, com Caputu, com wambembe, a ERCA, o IDD, Jardo, Abel e o grupo dos Duros, o pugilato, entre outros "quizangos". Assistiu a tudo e todos, mas sempre com a imagem impoluta. Só não tinha conquistado a simpatia dos angolanos porque não era o líder da bancada parlamentar.
Depois de muita pressão interna, Samakuva , em 2016, retira ACJ da direcção da UNITA, e passa a Presidente do Conselho de Administração da UNITA um cargo criado á sua medida e, coloca-o como líder da bancada Parlamentar, como quem diz "vai lá dar dor de cabeça aos João Pintos, Virgílio Fontes Pereiras e outros e deixa-nos um pouco em paz".
Como sempre ACJ aproveita bem as oportunidades e brilha nos palcos do Parlamento, da TPA, ZIMBO, Rádios e Jornais e no meio aproveita e "cafrica" Zé Pedro Catchiungo, tirando-o dos holofotes que também gosta.
Como PR do Conselho de Administração, engendra várias negociatas e daí em diante, inicia a sua agenda financeira para mais tarde fazer o seu programa político.
Samakuva, conhece bem o mano mais novo ACJ, sabe o quão é ardiloso, ambicioso, snob, elitista, vanguardista e modernista, daí não surpreender a nenhum angolano, que se o ACJ fosse hoje a votos com Jlo pelas redes sociais, Jlo levaria no "focinho".
Mas a verdade é que menos de 10% de angolanos têm acesso a internet em Angola. o índice de abstenção é maior nos centros urbanos e periurbanos.
Logo, o fenómeno da explosão de apoio nas redes sociais a favor de ACJ não corresponde na realidade um factor decisivo na incidência do voto real.
É uma falsa realidade pensarmos que ACJ é uma marca que galvaniza, mobiliza e entusiasma a juventude. a verdade escamoteada é o crescimento real e exponencial que a UNITA tem registado em Angola.
A marca real é a UNITA.
A Juventude segue a UNITA.
A UNITA mudou, a UNITA está no âmago dos angolanos e dos jovens em particular, porque admiram as histórias de bravura da UNITA e de Jonas Savimbi.
Jonas Savimbi, sim é a marca que nem o MPLA consegue apagar.
O MPLA tenta criar Agostinho Neto como marca e não pega, Zé Dú ate dá pena, virou Pai dos Marimbondos, João Lourenço o pai da crise, o MPLA é para os angolanos a marca, tal como é a UNITA para os angolanos.
A diferença é apenas uma:
Jonas Savimbi foi, é e será por muitos anos o arrastador de multidões, o nacionalista convicto e um dos fundadores da Nação.
Na nova geração de políticos, só o Abel Chivukuvuku consegue ser um factor de entusiasmo e de galvanização de massas populares.
ACJ é um orador eloquente que brilha nos palcos da alta política, mas não congrega as massas populares.
O momento é único, ímpar e histórico pelas boas e más razões.
Boas porque a UNITA tem a oportunidade única de apurar, esclarecer e fortalecer a coesão interna, de avaliar on-going e ex post os projectos da fábrica de sabão, de criação de gado, dos biocombustíveis, dos imóveis recuperados e ou por recuperar, a construção da nova sede, o ponto de situação do Museu Jonas Savimbi, da escola de formação de quadros, a valorização de quadros, os critérios na escolha dos assessores aos deputados, a vida financeira da Bancada Parlamentar e do Partido, as dívidas com os chineses do material de propaganda, o custo real com o marketing com os brasileiros, enfim uma auditoria independente para os militantes conhecerem a verdadeira saúde do Partido face aos desafios onerosos à curto prazo.
Má razão porque, o acórdão surge num momento em que o país vive uma crise profunda e "força" a UNITA a dois desafios financeiramente dispendiosos; a realização de um Congresso e a preparação do Partido às eleições legislativas de 2021.
A UNITA tem POUCOS meses para encontrar a locomotiva certa, com experiência necessária e matreiro suficiente para levar a marca UNITA ao poder em Angola e ou retirar a maioria absoluta ao MPLA em 2021.
Samakuva é o bombeiro que pôde salvar e deve unir o Partido.
14.
De fora que estou, desconheço 4/5 do acima descrito desde que saí da UNITA. O que acompanho sao as fotos e videos com dezenas de milhar de Angolanos e o Adalberto a ser longamente aplaudido em todos os videos que vi e ouvi Constato também a coragem do Adalberto na denuncia do Mpla e de Joao Lourenço e o momento maior que foi o impeachment a Joao Lourenço na Assembleia Nacional Angolana