Para ele o mundo “está passando por uma transformação significativa, e a revelar uma contradição geopolítica de grande envergadura. “Assim “O que antes era uma guerra por procuração entre o imperialismo ocidental coletivo e a Rússia, agora se transforma em um conflito interimperialista, em que os interesses exclusivos dos Estados Unidos entram em choque direto com os das principais potências da União Europeia, incluindo o decadente Reino Unido. A ascensão de Donald Trump ao poder consolidou a diretriz "América First", deixando claro que os EUA perseguem os seus objetivos de forma unilateral, ainda que isso implique o abandono de aliados históricos.”
A consequência foi vermos uma “União Europeia, em pânico com a guinada de Washington, ( que) adota medidas desesperadas que só aumentam a instabilidade global e levam o mundo ao imponderável. As propostas de novas sanções à Rússia, maior militarização, envio de tropas para a Ucrânia, a insistência na expansão da Otan e a ameaça nuclear do presidente francês Emmanuel Macron, revelam um bloco europeu sem uma estratégia realista. Ao tentar reafirmar sua relevância, com a cúpula de emergência realizada em Londres neste domingo (2), a Europa aproxima o mundo do precipício de uma guerra de proporções catastróficas.
Ao contrário da posição de confrontação aberta adotada pela administração Biden, Trump tem sinalizado uma abordagem pragmática com Moscou. A promessa de que a Ucrânia não ingressará na Otan e as negociações diretas com Vladimir Putin indicam um possível acordo que poderá redefinir completamente o curso da guerra.”
Nao nos parece que seja tao simplista o percurso que iremos percorrer pois o que entendemos é que “o bolo” ucraniano seja dividido atendendo aos interesses dos mais poderosos na UE e contando com o Reino Unido e o Canadá que adoram minerar nas terras dos outros raras ou nao Angola que o diga!
Mas é verdade que “A reviravolta na política dos EUA sobre a Ucrânia no mandato de Trump e as negociações em rápida evolução entre EUA e Rússia, que apontam inequivocamente para um degelo nas relações bilaterais, pegaram Bruxelas e Kiev desprevenidos. A flexão de Washington expõe a fragilidade da dependência europeia dos EUA. Se Washington selar um acordo com Moscou, a Ucrânia ficará sem suporte estratégico real, e a Europa se verá sozinha para lidar com as consequências de suas próprias decisões belicistas.”
De novo o que vivemos é a prova da fragilidade quer das lideranças da UE quer das instituições que representam e alias do dito eixo que as liderava, o franco germano!
E por isso em vez de Leyen “O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron, viajaram a Washington na semana passada”, mas na verdade ainda que em ambiente diplomatico são “sem conseguir convencer o presidente dos EUA, Donald Trump, a prometer garantias de segurança para a Ucrânia ou para a Europa. Starmer e Macron tentaram garantir um lugar para a Europa na mesa de negociações sobre a solução da crise na Ucrânia, mas voltaram para casa de mãos vazias sobre isso. “
Já Kaja Kallas essa dita chefe de política externa da UE, bem se poe em bicos de pés e diz que , “a Europa e a Ucrânia devem estar envolvidas na discussão de qualquer acordo. Muitos líderes europeus concordam com isso, enfatizando a conexão entre a segurança da Ucrânia e a da Europa.
Durante a reunião emergencial de Londres deste domingo, os europeus reiteraram a busca de garantias próprias de segurança e dos EUA para a Ucrânia. Eles prometeram maiores gastos com defesa do lado europeu e o envio de tropas de manutenção da paz para a Ucrânia. E não faltou um desafio, lançado pelo primeiro-ministro britânico, que pode ter soado também como bravata: formar a "coalizão dos dispostos".
Trump desdenha essas reivindicações, mostrando confiança em que Vladimir Putin, "manterá a palavra" se um acordo for fechado. Ele também descartou a possibilidade de a Ucrânia ingressar na Otan. A filiação da Ucrânia à Otan tem sido uma questão central no conflito Rússia-Ucrânia.
Apesar da posição das principais potências imperialistas europeias - Alemanha, França e Reino Unido -, muitos líderes europeus continuam céticos quanto à capacidade do bloco, já que a Europa está enfrentando fortes divisões sobre enviar tropas para a Ucrânia sob uma estrutura de manutenção da paz. As propostas de Macron e Starmer ainda carecem de apoio interno. Também há preocupações entre os estados-membros da UE sobre o risco de que mesmo uma presença militar europeia limitada possa aproximar a Otan de um conflito direto com a Rússia.
A atual conjuntura reflete uma tendência clara: Trump busca uma nova ordem global que priorize exclusivamente os interesses estadunidenses, deixando aliados tradicionais à mercê de seus próprios erros. Se a Europa continuar na direção da escalada militar, poderemos estar à beira de um conflito de proporções inimagináveis, impulsionado não apenas pelo choque entre potências globais, mas também pela profunda crise interna do imperialismo ocidental. A atual posição europeia coloca todo o continente em risco, e o mundo assiste com apreensão às próximas movimentações neste delicado tabuleiro geopolítico.”
Entretanto em autentico discurso de Loucura a dita e desaparecida presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, veio à liça tal qual cavaleira andante medieval hoje terça-feira, 04.03, em Bruxelas, defender que vai mobilizar 800 mil milhões de euros para investimento na defesa europeia.
Chama a este plano "Rearmar a Europa", segundo disse à imprensa sem direito a perguntas, e teima que ambiciona mobilizar "800 mil milhões de euros em despesa de defesa para uma Europa segura e resiliente".
Segundo ela, implica ainda a disponibilização de 150 mil milhões de euros de financiamento para os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), que deverão ainda poder reafetar fundos, como os de Coesão, para investimento na defesa e rearmamento.
Para ela "a grave natureza das ameaças" que a UE enfrenta, leva esta sua UE a dizer que "a Europa está preparada para agir com a decisão e a velocidade requerida", devendo responder a necessidades de curto e longo prazo.
Irá comprar armas a quem? À RPChina e à Russia ja que o mercado de oferta ja está tomado pela atual procura?