Segundo a CNOOC, trata-se do primeiro grande campo integrado de petróleo clástico identificado em camadas profundas e ultraprofundas no país.
“Essa descoberta marca um avanço significativo em nossa capacidade de explorar petróleo em condições extremas no mar”, afirmou a companhia em comunicado.
A profundidade média da água no local é de 100 metros e testes realizados no poço indicaram uma produção diária de 413 barris de petróleo e 68 mil metros cúbicos de gás natural.
Claro que a exploração de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas é desafiadora, devido às altas temperaturas, pressões elevadas e à complexidade geológica das formações.
Reservatórios clásticos, como o encontrado em Huizhou 19-6, são especialmente difíceis de explorar devido à sua baixa permeabilidade.
Segundo Peng Guangrong, geólogo da filial da CNOOC em Shenzhen, “60% das novas reservas de petróleo e gás descobertas no mundo vêm de camadas profundas. Elas contêm recursos abundantes e ainda pouco explorados, e por isso têm potencial para impulsionar o crescimento futuro da produção e das reservas”.
O CEO da CNOOC, Zhou Xinhuai, destacou a sequência de avanços recentes na região: “Pelo segundo ano consecutivo, identificamos campos petrolíferos com reservas superiores a 100 milhões de toneladas no Mar do Sul da China, o que mostra a força crescente da nossa indústria de energia offshore”.
A descoberta fortalece a posição estratégica da China o seu grau de segurança energética e é um salto tecnológico para a indústria nacional, sobretudo em tempos de crescente disputa geopolítica pelos recursos do Mar do Sul da China.
Além do impacto económico, o campo Huizhou 19-6 terá um papel essencial no desenvolvimento de tecnologias de exploração em ambientes hostis.