Após a intervenção de José Soeiro, o líder parlamentar do BE Fabian Figueiredo usou a figura da interpelação à Mesa para solicitar a distribuição de um cartão ao colega de bancada com a seguinte mensagem: "A um dos mais combativos e brilhantes deputados do Bloco um sentido abraço, deixarás saudades. Vemo-nos em todas as lutas em que sempre estiveste".
Enquanto presidente da Mesa em exercício, Rodrigo Saraiva, deputado da IL, juntou-se à despedida e lembrou que, ainda antes de ser eleito, já acompanhava o trabalho de Soeiro e "sempre teve o desejo de o confrontar politicamente porque em 90% estiveram em divergência política" e elogiou o seu percurso como deputado, garantindo que o parlamento "vai sentir a sua falta".
Tanto Gilberto Anjos, do PS, como Isabel Mendes Lopes, líder parlamentar do Livre, como Alfredo Maia, deputado do PCP, cumprimentaram efusivamente o deputado bloquista, e a "qualidade da sua intervenção parlamentar, alias como Clara de Sousa Alves, do PSD, e Inês de Sousa Real, do PAN.
José Borges de Araújo de Moura Soeiro tem 40 anos, nasceu no Porto, e é sociólogo e investigador com um doutoramento na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sobre transformações no trabalho e mobilizações de precários.
José Soeiro foi deputado de 2008, onde se manteve até 2011 e, de 2015, até 2025.
É dirigente do Bloco de Esquerda, fazendo parte do Secretariado, da Comissão Política e da Mesa Nacional do partido.
É co-autor de várias obras, como "Cuidar de quem Cuida" (Objectiva, 2020, com Mafalda Araújo e Sofia Figueiredo), "The Routledge Companion to Theatre of the Oppressed" (2019, com Kelly Howe e Julian Boal), "A Falácia do Empreendedorismo" (Bertrand, 2016, com Adriano Campos) e "Não Acredite em Tudo o que Pensa" (Tinta-da-China, 2013, com Miguel Cardina e Nuno Serra).
O BE acrescentou que irá em breve anunciar um substituto para o lugar de José Soeiro.
15 anos como deputado é demasiado ano nessa função na nossa opiniao e por tal saudamos a sua decisao em regressar à vida não parlamentar