As tensões no partido revelam uma crise interna e diversas estratégias que podem redesenhar o cenário político no Brasil.

Eduardo Bolsonaro estará a avançar com o  seu ambicioso projeto de poder, que inclui a sua saída iminente do Partido Liberal (PL) e a tentativa de arrastar consigo até 30 deputados aliados.

A ideia é posicionar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como o seu herdeiro ideológico e no contexto de um bolsonarismo mais radical e globalizado.

Fontes do partido tratam a estimativa de debandada como sendo algo risível, destacando que Eduardo, baseado nos EUA desde fevereiro, enfrenta riscos reais de perda de mandato por denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) e processos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

O  foco  do desentendimento gira em torno de recursos partidários e aliados de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmam que “o verdadeiro motivo por trás dos recentes rumores a respeito da saída de Eduardo Bolsonaro do PL é dinheiro”.

O deputado anda a reclamar com a  falta de verbas para sua articulação de comunicação e relações internacionais – áreas que ele domina, mas que o partido vê como supérfluas enquanto ele reside em solo estadunidense.

Mais ainda  os  atritos com o PL Mulher, liderado por Michelle Bolsonaro, que se consolidou como uma potência eleitoral rodando o Brasil, enquanto Eduardo prioriza conexões externas.

Lideranças do PL ironizam que, nos EUA, não há necessidade de articulação política local, já que o partido elege representantes diretamente no Brasil.

Eduardo já semeia bases para um bolsonarismo mais ideológico, agrupando pelo  menos 20 deputados “eduardistas” dispostos a migrar para uma outra marca politica, longe da influência do centrão no PL.

O deputado briga abertamente com o centrão e tenta realinhar o grupo radical que orbitava à volta do  ideólogo Olavo de Carvalho, falecido em 2022.

Entretanto se ele  ele ganha musculatura entre ultradireitistas internacionais, perde ligação no Congresso brasileiro.