Por isso somos secamente informados pela vereação do PS na Câmara Municipal de Lisboa (CML) que, “conforme estabelecido na lei, efetuado o pedido de renúncia da vereadora Inês Drummond, assume funções o eleito seguinte na lista, no caso, o vereador Pedro Cegonho”.
O Ministério Público (MP) ja deduziu acusação contra 60 arguidos no âmbito do processo “Tutti-Frutti” por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência, de acordo com a acusação conhecida na terça-feira.
Nestes 60 arguidos estão dois vereadores na capital, nomeadamente Inês Drummond (PS) e Ângelo Pereira (PSD).
De acordo com o MP, a socialista Inês Drummond, enquanto antiga presidente da Junta de Freguesia de Benfica, está acusada de quatro crimes de prevaricação, por adjudicações à empresa Ambigold.
O social-democrata Ângelo Pereira, segundo o MP, está acusado de um crime de recebimento indevido de vantagem, por uma viagem paga à China quando era vereador na Câmara Municipal de Oeiras.
Na sequência desta acusação do MP, Ângelo Pereira pediu na terça-feira a suspensão de funções enquanto vereador com pelouros na CML, pedido “aceite de imediato” pelo presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD) que na verdade nao deixou de ser cumplice meses fora deste cidadao ao ponto de mentir em reuniao de camara!
Por tal, a vereação do PS na capital pôde afirmar que, na reunião privada desta manhã, o vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), indicou que Ângelo Pereira ainda não entregou o pedido de suspensão, pelo que “O que se comprova é que Carlos Moedas mentiu ontem [na terça-feira] ao país, ao convocar os jornalistas para anunciar como facto algo que não se efetivou. O ‘corajoso’ Ângelo Pereira terá intenção de suspender o mandato, mas ainda não o fez", criticam os socialistas.