Essa é a segunda modificação na política tarifária americana desde 10 de abril, quando foi anunciado um alívio parcial sobre algumas mercadorias.
Segundo o porta-voz do MOFCOM, essas ações dos EUA são insuficientes para reparar os impactos negativos provocados desde a adoção das tarifas “recíprocas”, no dia 2 de abril.
“A implementação dessas tarifas por ordem administrativa contraria princípios economicos e de mercado, ignora a cooperação complementar entre países e prejudica relações de oferta e demanda globais”, declarou.
Conforme o governo chinês, a política tarifária de Trump falhou ao querer resolver os problemas internos dos EUA e acabou por “interferir gravemente na ordem do comércio internacional”, afetando empresas e consumidores ao redor do mundo.
“No final, prejudica terceiros sem beneficiar os próprios Estados Unidos”, afirmou o porta-voz.
Reafirmando sua posição tradicional sobre as relações comerciais com os EUA, a China reforçou que “não há vencedores numa guerra comercial” e que o protecionismo não oferece soluções sustentáveis.
“Como diz um antigo provérbio chinês: ‘Quem amarrou o sino no pescoço do tigre é quem deve tirá-lo’. Instamos os EUA a ouvirem as vozes racionais da comunidade internacional e de suas próprias forças internas, dando um grande passo para cancelar completamente as tarifas ‘recíprocas’ e retornar ao caminho do respeito mútuo e da resolução de diferenças por meio do diálogo em pé de igualdade.”
O apelo chinês ocorre por entre uma crescente tensão comercial e diplomática entre as duas maiores economias do mundo, mostra que a flexibilização parcial de tarifas por parte do governo Trump não será suficiente para satisfazer Pequim.