“O 7 de setembro é um sentimento de orgulho e, ao mesmo tempo, de luta. Hoje o povo brasileiro está nas ruas para reafirmar a sua soberania nacional”, afirmou.
Tiago Alves Ferreira criticou duramente a decisão anunciada por Donald Trump de proibir diplomatas brasileiros de participarem na Assembleia Geral da ONU:
“É uma atitude escabrosa, uma violação de tratados mínimos. A extrema-direita vem para rasgar compromissos, violentar e subjugar os povos.”
Para o dirigente comunista, a resposta a essa ofensiva deve ser global:
“A grande luta hoje é derrotar a extrema-direita, seja o bolsonarismo no Brasil, o trumpismo nos Estados Unidos ou as figuras autoritárias da Europa. O caminho é uma ampla aliança entre democratas, socialistas e comunistas.”
Questionado sobre o futuro judicial de Jair Bolsonaro, Tiago Alves Ferreira foi claro:
“Bolsonaro vai ser condenado e preso, com todas as provas que existem contra ele. O Supremo Tribunal Federal tomará essa decisão. O que resta saber é como o Congresso e a política vão lidar com isso.”
O representante do PCdoB destacou a participação do partido no governo atual, nomeadamente através do Ministério da Ciência e Tecnologia:
“Conquistámos avanços importantes em ciência, bolsas de estudo, desenvolvimento tecnológico e regulação da internet. Mas o governo tem limitações, amarras como o ajuste fiscal, que precisam ser superadas.”
Para Tiago, o futuro do país depende da continuidade e aprofundamento do atual projeto:
“A vitória de Lula em 2026 é fundamental. Mas é preciso ir além: são necessárias reformas estruturantes e mobilização popular. Só assim será possível transformar o Brasil.”
Na sua intervenção, o dirigente do PCdoB reforçou que o 7 de setembro não é apenas uma festa nacional, mas um chamado à luta. Para ele, soberania, democracia e transformação social continuam a ser as palavras de ordem de um Brasil que procura libertar-se definitivamente das amarras do imperialismo e do bolsonarismo.