A confirmar-se, a União Europeia já prometeu que irá retaliar, sempre no corre-corre atras do incidente sem estrategia nem solução!

“Qualquer aço que entre nos Estados Unidos terá uma tarifa de 25%”, disse aos jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One, quando voava da Florida para Nova Orleães para assistir à final Super Bowl de futebol americano. “O alumínio também”, respondeu, quando questionado sobre esta matéria, numa medida que abrange os vizinhos México e Canadá.

Trump afirmou ainda que vai anunciar tarifas recíprocas — “provavelmente terça ou quarta-feira” — em relação a produtos que são taxados nos países parceiros. “Se eles nos estão a cobrar 130% e nós não lhes estamos a cobrar nada, não vai continuar assim”, disse aos jornalistas e afirmando que estas tarifas serão postas em prática “quase imediatamente” para “todos os países”.

Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), o líder norte-americano impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo o Canadá, o México e o Brasil.

A Comissão Europeia disse esta segunda-feira que vai proteger os interesses das empresas europeias, mas refere ainda que não recebeu “nenhuma notificação oficial” sobre novas tarifas norte-americanas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos.

“Não vamos responder a anúncios gerais sem mais pormenores ou esclarecimentos escritos”, escreveu a Comissão Europeia num infeliz e tristonho comunicado, sublinhando que vai responder no sentido de proteger os interesses das empresas europeias em caso do que chamou medidas injustificadas.

Antes da difusão do comunicado da Comissão Europeia, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo francês, Jean-Noel Barrot, afirmou que a União Europeia vai retaliar contra as novas tarifas anunciadas por Donald Trump sobre as importações de aço e alumínio, como fez quando o Washington tomou medidas semelhantes em 2018.

“Vamos retaliar novamente”, disse Barrot à estação de televisão TF1 referindo-se à posição da União Europeia quando Donald Trump tomou uma decisão semelhante durante primeiro mandato como chefe de Estado. “Não há hesitação quando se trata de defender os nossos interesses”, disse.

Barrot acrescentou que a Comissão Europeia em 2018 tinha um mandato para agir no sentido da resposta face aos Estados Unidos. Hoje, o ministro francês não adiantou pormenores sobre eventuais medidas de retaliação.