Assim, a "ocorrência de dois acidentes anteriores - em outubro de 2024 e maio de 2025 - que foram publicamente negados pelo presidente do Conselho de Administração da Carris e pelo vice-presidente da Câmara Municipal, mas que a própria Carris veio agora confirmar", segundo se lê no requerimento dos vereadores socialistas.
À Lusa, Pedro Anastácio destaca que "a Carris também já confirmou que efetivamente existiram esses dois acidentes, pelo que há um plano de falsidade em relação àquilo que foi transmitido na Câmara Municipal e publicamente quer pelos responsáveis políticos, quer pelo presidente do Conselho de Administração da Carris".
"Submetemos este pedido para confrontarmos desde já a Câmara Municipal e o presidente do Conselho de Administração da Carris, com este conjunto de falsidades, omissões e incongruências e a partir daí vamos avaliar quais é que devem ser as consequências políticas", explica.
Há ainda uma carta da Comissão de Trabalhadores da Carris, enviada ao presidente da Câmara Municipal em 20 de setembro de 2023, alertando para "manutenção deficiente dos veículos".
Outra dimensão deste requerimento, acrescenta, é pedir acesso a alguns documentos, como esta carta, ou relatórios dos acidentes ocorridos em outubro de 2024 e maio de 2025 e os reportes de questões relacionadas com manutenção e segurança, dos últimos dois anos anteriores ao acidente.
O elevador da Glória, sob gestão da Carris, descarrilou no dia 03 de setembro, num acidente que provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.