O espaço guarda ruínas arqueológicas construídas pelos romanos, que são visíveis através dos vidros colocados no chão da sala onde os clientes são servidos.
“As ruínas foram descobertas aquando da obra de ampliação do espaço, que foi inaugurada em 1997 e permitiu dar ao estabelecimento o aspeto que tem hoje. São uma mais-valia a juntar ao património gastronómi- co”, assegura ao JN Fernando Areias, que assumiu a gestão do negócio no início deste milénio.
Trata-se de uma empresa familiar que lhe foi confiada pelo sogro e este gerente assegura que o negócio continua a assentar na produção artesanal das frigideiras, embora, ao longo dos anos, tenha procurado acompanhar a evolução natural do setor da restauração, apresentando mais pastelaria, serviço de snack-bar e de restaurante.
No entanto, o conhecimento do passado também pode ser inovação.
“Em 2000, lançámos o bolo ro- mano, que é um produto exclu- sivo feito à base de mel e frutos secos, sem farinha nem açúcar, criado a partir de uma receita do tempo dos romanos que nos foi cedida pelo Museu de Arqueolo- gia D. Diogo de Sousa”, exemplifica Fernando Areias, para quem essa iguaria é, igualmente, uma “marca” distintiva da casa.
“Não quisemos, de forma alguma, retirar protagonismo às frigideiras, mas antes criar um produto diferente, noutro segmento”.
“Há uma história de quase 230 anos que nos acompanha, o que é uma grande responsabilidade”.
Joffre Justino