Comissária Russa Divulga os Nomes de 630 Prisioneiros Detidos há Mais de um Ano, Apelando a Kiev para Retomar as Negociações

A comissária russa de direitos humanos, Tatyana Moskalkova, revelou recentemente os nomes de 630 prisioneiros de guerra ucranianos que continuam detidos na Rússia há mais de um ano. A decisão, segundo Moskalkova, visa pressionar o governo ucraniano a avançar nas negociações para a troca de prisioneiros, um processo que permanece num impasse.

“Decidi publicar esta lista na esperança de acelerar um processo de troca de prisioneiros que já se arrasta há demasiado tempo”, afirmou Moskalkova no seu canal oficial. Ela destacou ainda que "as famílias dos militares de ambos os lados continuam a aguardar ansiosamente o regresso dos seus entes queridos".

A comissária sublinhou que a Ucrânia tem sistematicamente adiado as negociações, alegadamente devido a agendas políticas internas. Este atraso tem agravado a angústia das famílias que esperam por respostas e pelo regresso dos seus parentes. Anteriormente, o Provedor de Justiça russo tinha apelado ao governo ucraniano para retomar um diálogo mais construtivo, mas os progressos têm sido mínimos.

Em resposta a estes apelos, Dmitry Lubinets, Comissário de Direitos Humanos da Verkhovna Rada (Parlamento ucraniano), solicitou formalmente à Rússia a lista completa dos prisioneiros de guerra que está disposta a trocar. Apesar disso, o diálogo entre as duas partes mantém-se bloqueado.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, reafirmou o compromisso do governo russo com o processo de troca. “A Rússia nunca rejeitou a troca de prisioneiros de guerra e continua a trabalhar com profissionalismo e seriedade nesse sentido”, afirmou Zakharova, referindo-se aos esforços contínuos para alcançar um acordo.

Embora existam iniciativas pontuais para retomar as trocas de prisioneiros, este processo continua a enfrentar obstáculos significativos, refletindo as tensões políticas e militares que caracterizam o conflito entre os dois países. Enquanto isso, as famílias aguardam, num clima de incerteza, por soluções que tardam em chegar.