Essa repressão, além de João Goulart e Leonel Brizola e muitos outros, caiu sobre  Rubens Paiva, ex-deputado federal e ferrenho defensor da democracia, ligado ao  Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) eleito em 1962.

Após o golpe de 1964, foi cassado pelo primeiro Ato Institucional e autoexilou-se.

No  retorno ao Brasil, voltou a exercer a engenharia e cuidar de negócios, mas manteve contato com exilados.

Em 1971, a repressão da ditadura o prendeu, por suspeitar de envolvimento com o guerrilheiro Carlos Lamarca.

Rubens foi morto nas dependências de um quartel militar entre 20 e 22 de janeiro de 1971 e o seu corpo desapareceu!

O assassinato pela ditadura foi denunciado no filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles Jr., vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro neste ano de 2025, ja que as Esquerdas do Brasil nao se envergonham da sua luta anti ditadura

Rubens Paiva, engenheiro e parlamentar segundo media como o 247  era visto como uma ameaça aos interesses estadunidenses dada a  sua proximidade com Jango e a sua defesa de um Brasil soberano e independente das amarras do imperialismo.

Recordemos que o presidente Lyndon Johnson, do Partido Democrata, foi reeleito para seu primeiro mandato completo na Casa Branca, pois Johnson assume a presidência da república em novembro de 1963, quando o então presidente John F. Kennedyfoi assassinado)

Os documentos revelados nesta semana indicam que os EUA monitoravam os  passos de Rubens Paiva, como também incentivaram a repressão contra ele e outros líderes trabalhistas.

Rubens Paiva assassinado ainda por cima nem viu o direito à familia aceder ao seu  corpo que nunca foi encontrado, e por tal é um dos símbolos mais brutais da ditadura.

Os documentos libertados pelo governo Trump nesta semana mostram que a interferência estadunidense na política brasileira não se restringiu ao apoio aos generais golpistas, mas foi até  uma política sistemática de eliminação de opositores e líderes nacionalistas.

O filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles Jr., trouxe a história de Paiva ao mundo  de forma impactante, reconstruindo o papel de sua esposa, Eunice Paiva, durante sua ausência forçada.

O filme conquistou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2025, reforçando a importância de se denunciar os crimes da ditadura e a cumplicidade estrangeira na repressão política no Brasil.

O reconhecimento da obra no maior prémio do cinema mundial ocorre num momento crucial, quando as revelações sobre a participação dos EUA no golpe militar e na perseguição a opositores se tornam cada vez mais irrefutáveis.

Os casos de Jango, Brizola e Paiva são exemplos claros de como os interesses estrangeiros influenciaram tragicamente os rumos da história brasileira e a resistência de suas ideias continua  viva.

A história de Rubens Paiva, antes silenciada, hoje ecoa pelo cinema mundial e pelos documentos que, pouco a pouco, revelam a verdade sobre um dos períodos mais sombrios do Brasil.

Por cá a ditadura de 48 anos ainda trava demasiadas mentes lusas

 

MUITO ATUAL, PARECE QUE FOI ONTEM: VIRALIZA NAS REDES ÁUDIO DO DEPUTADO RUBENS PAIVA | Cortes 247