Tshisekedi diz que o Ruanda continua a apoiar ataques contra o exército congolês.

Na última semana, os Presidentes da República Democrática de Congo e do Ruanda assinaram, em Washington, um novo acordo de paz, para pôr fim  a um dos mais prolongados conflitos do continente africano, muito glorificado pelo sr Trump e como se vê, já falhado.

Cerca de 48 horas depois, Felex Tshisekedi, Presidente da RDC, discursando no parlamento do seu país, acusou o seu homólogo ruandês, Paul Kagame, de violar o acordo de paz cuja assinatura foi testemunhada por Donald Trump.

“Logo no dia seguinte à assinatura, unidades das Forças de Defesa de Ruanda realizaram e apoiaram ataques com armas pesadas lançados da cidade ruandesa de Bugarama, causando graves danos humanos e materiais, no Kivu do Sul, rompendo assim o cessar-fogo”, disse Tshisekedi.

O acordo assinado na Capital norte-americana quis criar  um cessar-fogo e o desarmamento dos grupos armados não estatais e regresso dos refugiados.

Claro que o interesse dos Estados Unidos, de Trump pelo menos, segundo o pacto, é que este país vai beneficiar de forma preferencial dos minerais estratégicos pelos quais os estados lutam.

Tambem p grupo rebelde M23, pro Ruanda, anunciou  que tomou o controle da cidade estratégica de Uvira, no leste do Congo, nesta  quarta-feira, após uma ofensiva rápida desde o início do mês.

O porta-voz do grupo rebelde M23 fez o anúncio numa publicação no X,  informando que o grupo tomou controlo da cidade estratégica de Uvira, no leste do Congo, e encorajou os cidadãos que tinham fugido a regressar às suas casas.

Localizada na fronteira com o Burundi, Uvira tinha-se tornado num espaço significativo em Kivu do Sul desde que o M23 tomou a capital da província, Bukavu, em Fevereiro.

Nesta quarta-feira, os residentes de Uvira relataram uma noite caótica, durante a qual tropas do exército congolês fugiram e ouviram-se tiros por toda a cidade.

O mais recente ataque do M23 acontece apesar do famoso falhado  acordo de paz mediado pelos Estados Unidos, assinado na semana passada pelos presidentes da República Democrática do Congo e do Ruanda em Washington. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, claro na sua histeria sem controlo saudou o acordo como histórico.

O acordo não incluía os rebeldes, que estão a negociar separadamente com a RDC, mas obriga o Ruanda a cessar o apoio a grupos armados e a trabalhar para pôr fim às hostilidades.

No seu discurso no parlamento nesta segunda-feira, o presidente congolês Félix Tshisekedi acusou Ruanda de violar o acordo de paz de Washington.

Parceiros locais das Nações Unidas relatam que mais de 200 mil pessoas foram deslocadas em todo o Kivu do Sul, desde 2 de Dezembro, com mais de 70 mortos.