O apoio surge alinhado com o que Ricardo Leão considera uma forma de atrair “eventos de grande porte” e reforçar a imagem de Loures como território inclusivo e religiosamente diverso. Contudo, a decisão tem sido alvo de críticas, com partidos da oposição (como CDU e Chega) a classificarem-na como uma estratégia de populismo eleitoral.
Hillsong International — e por extensão Hillsong Portugal — tem estado envolta numa série de controvérsias globais: denúncias de manipulação de voluntários, escândalos pessoais envolvendo líderes religiosos, acusações de homofobia e controle severo sobre a sexualidade das mulheres e revelações sobre o seu império financeiro, conforme documentado em reportagens e documentários como os exibidos na Discovery Plus.
Em Portugal, a comunidade da Hillsong manteve um papel visível nas redes sociais, com seguidores expressivos no Instagram (quase 40 mil), Facebook (acima de 14 mil) e YouTube, e realiza eventos como a conferência “Casa Aberta”, marcada para outubro no novo edifício em Prior Velho . As entradas variam entre 9,50€ (crianças) e 32€ (inscrição individual)
A decisão de apoiar, com fundos públicos, uma organização religiosa globalmente controversa — amplamente mediática pelos seus escândalos éticos e institucionais — reacende o debate sobre os limites entre o financiamento cultural, social e religioso. A autarquia justifica o apoio pela dimensão social e cultural da atividade da igreja local, enquanto a oposição denuncia uma possível instrumentalização política.