Para a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) este é um rude golpe para o pluralismo da informação na Guiné-Bissau", afirmado num comunicado citado pela France-Presse (AFP), onde realça  que a decisão surge "três meses antes das eleições presidenciais".

A RSF apelou às autoridades do país para que "levantem imediatamente esta suspensão" e permitam que os jornalistas "continuem o seu trabalho no país".

A decisão "envia um sinal preocupante a todos os profissionais dos 'media', o que pode levar à autocensura e prejudicar a qualidade editorial da cobertura eleitoral", realçou  Sadibou Marong, diretor do gabinete da RSF na África Subsariana, citado no comunicado.

Os jornalistas guineenses estão preocupados depois de, na semana passada, o Governo da Guiné-Bissau ter decidido expulsar do país jornalistas da RTP, RDP e da Agência Lusa.

O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) condena a decisão das autoridades nacionais.

"Não podemos ter outra posição senão condenar este facto com toda a veemência", afirma Indira Baldé, jornalista da RTP e presidente do Sinjotecs, em entrevista à DW África.

A líder sindical sublinha que não faltaram alertas sobre as ameaças à jornalistas da RTP, RDP e da Agência Lusa.

Avisos que, segundo Indira Baldé, foram ignorados pela comunidade internacional.