A estreia literária de Renálide ocorreu em 2007 com "Poemas a Vapor", uma coletânea que já evidenciava sua sensibilidade poética. Posteriormente, os seus poemas integraram diversas coletâneas, como a "II Coletânea de Poesia, Cordel, Contos e Crônicas do IFPB" (2022) e "Engenho Arretado: Poesia Paraibana do Século XXI" (2023). Em 2024, lançou "Meus E(r)ros" e "O Espelho de Dandara", obras que consolidaram a sua posição no cenário literário.
"Meus E(r)ros" é uma coletânea que aborda experiências pessoais e coletivas, explorando temas como amor, ancestralidade e resistência. Os poemas, descritos como "poemas-pílula", utilizam intertextualidade e metalinguagem para expressar a força de vozes femininas diversas. Já "O Espelho de Dandara" narra a jornada de uma menina negra que, ao enfrentar o racismo na escola, reencontra a sua identidade e orgulho ancestral através do apoio de uma professora inspiradora.
Renálide é docente de língua portuguesa no Instituto Federal do Piauí (IFPI), campus São Raimundo Nonato, onde integra o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas. A sua formação acadêmica é robusta: doutoranda em antropologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mestre em Formação de Professores da Educação Básica pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), graduada em Letras pela UFPB e em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (Unipê-PB
Em 2025, Renálide expandiu sua atuação internacionalmente ao lançar "Meus E(r)ros" em Lisboa, Portugal, após o lançamento no Brasil. A sua estadia em Cabo Verde, como pesquisadora bolsista do Ministério da Igualdade Racial do Brasil, fortaleceu os laços culturais entre Brasil e África. Em parceria com a Companhia de Teatro Fladu Fla, Renálide contribuiu para o Plano de Formação Contínua dos professores de Cabo Verde, destacando-se como educadora e artista comprometida com a valorização da cultura negra.
A trajetória de Renálide Carvalho é um testemunho do poder transformador da arte e da educação. A sua obra e atuação destacam-se pela promoção da identidade negra, combate ao racismo e valorização da ancestralidade africana.
Como afirmou a escritora e ativista Maya Angelou: "A diversidade faz parte da natureza humana. Apreciá-la é o início da verdadeira sabedoria." Renálide personifica essa sabedoria, utilizando sua voz para inspirar e empoderar futuras gerações.
Como bem disse Angela Davis, uma das vozes mais emblemáticas do ativismo negro: "Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela." Renálide tem sido esse movimento, expandindo horizontes, desafiando estruturas e reescrevendo a história da literatura afro-brasileira com sua voz inconfundível.
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Fotos e Informação disponibilizada por Rita Silva