Profes: entre mil e cem mil em falta! Quem mente?

O diz que diz no arranque do ano letivo foi dramaticamente o habitual!

Diz  o ministro da Educação, Ciência e Inovação, que em pelo menos 98% das escolas os alunos terão aulas a todas as disciplinas, ainda que  existam ainda cerca de mil horários completos por preencher.

Ja a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) desmentiu o ministro da Educação e garante que há falta de professores e vai ao ponto de dizer que a situação é ainda mais grave neste ano letivo.

Os dados avançados esta manhã mostram que há cerca de 93 mil alunos afetados. 

Da Fenprof vem “Temos 1206 horários ativos, temos 20.825 horas e mais de 4 mil turmas afetadas”, por palavras de  José Feliciano Costa, secretário-geral da Fenprof. “Estamos a falar de cerca de 93 mil alunos afetados.” 

Diz a Federação Nacional dos Professores alega que usou os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação.

Os números apresentados reforçam um alerta que não é novo. 

“Estamos pior do que o ano passado, do que no ano anterior. Este é um problema estrutural”, sublinha José Feliciano Costa. 

Entretanto  o ministro da Educação, que por várias vezes afirmou que praticamente todos os alunos vão ter professor a todas as disciplinas, a resposta de poucas palavras é direta. 

“Na generalidade das escolas em Portugal, os alunos têm aulas. Os professores estão colocados”, declarou o ministro Fernando Alexandre, com a Fenprof a  teimar  que “há falta de professores, ao contrário do que diz o senhor ministro”. 

O sindicato entende, por isso, que é necessário avançar o mais rápido possível com a revisão do estatuto da carreira docente, para tornar a profissão mais atrativa.

O ano letivo arrancou hoje segunda-feira, 15.09,  mantendo-se  a tendência anterior  “São milhares de alunos, quase cem mil, que se mantêm sem aulas.” À  TSF, o secretário-geral da Fenprof e o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) referiram que é na região de Lisboa onde a situação é mais complicada. 

“Os relatos que nos chegaram hoje [segunda-feira] de manhã, a partir das 08h00, confirmam que aqueles milhares de alunos, os quase cem mil sem aulas, se mantêm. Só aqui na região de Lisboa (...) temos escolas, por exemplo, com 30 horários em falta”, disse José Feliciano Costa, da Fenprof.  

“É uma lista infindável de escolas onde faltam cinco, seis, sete, oito, nove ou dez professores”, lamentou José Feliciano Costa. 

Também Filinto Lima, da ANDAEP, referiu que é no Sul do país onde há maior escassez de professores, “muito concretamente nas escolas da capital e no Algarve, em virtude, sobretudo, do preço exorbitante que é alugar uma casa”. 

Filinto Lima, que se encontra na região Norte, afirmou que “o vírus” ainda não chegou lá e, portanto, o panorama “poderá ser um pouco diferente”. “Globalmente, as escolas abriram com todos os professores para os alunos.”