A Lusa entretanto diz que esta segunda-feira de manhã, 12.05, uma fonte do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, ( quem convocou a greve parcial), adiantou que a adesão à paralisação dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05h00 desta segunda-feira e que termina às 08:30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos.
“A greve parcial teve início às 05h00 e termina às 08h30, mas os efeitos devem fazer-se sentir durante a manhã. A adesão à greve é de 100%, com o estrito cumprimento dos 25% respeitantes aos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral”, disse à Lusa Luís Bravo, do SFRCI.
Esta greve visa reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.
“Em 2025, o Governo dá continuidade à sua politica de baixos salários, tendo aplicado um aumento salarial no valor de 34 euros no salário base, valor mais uma vez abaixo do aumento salarial verificado no salário mínimo, considerado muito insuficiente por parte dos trabalhadores”, segundo o sindicato.
Ja de quarta-feira a sexta-feira, vários sindicatos estiveram em greve, sendo que na sexta-feira não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.
Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que "o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação".
A paralisação, que começou na quarta-feira e se prolonga até 14 de maio, foi convocada contra a imposição de aumentos salariais "que não repõem o poder de compra", pela "negociação coletiva de aumentos salariais dignos" e pela "implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado", disseram os sindicatos.
A greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras bloqueou 175 comboios dos 249 programados (70,3%) entre as 00h00 e as 08h00, segundo dados da CP – Comboios de Portugal enviados à Lusa.
Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 109 comboios previstos foram suprimidos 71, e nos de longo curso estavam programados 13 e foram suprimidos 12.