Esta subida dos preços dos alimentos não parece dar tréguas e o cabaz alimentar voltou a ficar mais caro na última semana, ascendendo já a 244,95 euros, de acordo com os dados atualizados pela DECO PROteste esta quinta-feira. 

"O cabaz alimentar voltou a ficar mais caro na última semana. Entre 5 e 12 de novembro, aumentou 61 cêntimos (mais 0,25%), e custa agora 244,95 euros. Para esta subida contribuíram, entre outros, os aumentos nos preços de produtos como os brócolos, a couve-flor e os medalhões de pescada, que, nos últimos sete dia, sofreram subidas entre os 8% e os 12 por cento", pode ler-se no site da organização de defesa do consumidor. 

A DECO PROteste explica que "nos brócolos, a subida chegou aos 12% em apenas uma semana", sendo que "um quilo de brócolos pode agora custar 3,47 euros, mais 38 cêntimos do que há uma semana".

"A couve-flor, por sua vez, viu o seu preço subir 25 cêntimos por quilo (mais 10%), e custa agora 2,70 euros. Já os medalhões de pescada passaram a custar 6,78 euros, mais 50 cêntimos (mais 8%) do que há uma semana", pode ler-se. 

Na última semana, entre 5 e 12 de novembro, os produtos cujo preço mais aumentou percentualmente foram, além dos brócolos, da couve-flor e dos medalhões de pescada, os cereais de fibra (mais 8%), a couve-coração (mais 7%) e a perca (mais 7 por cento).

"Se compararmos os preços desta semana com os da primeira semana do ano, a 1 de janeiro de 2025, a maior subida percentual de preço verificou-se em produtos como os ovos (mais 32%), o café torrado moído (mais 29%) e os brócolos (mais 24 por cento)", adianta a DECO PROteste. 

Mais: "Já desde que a DECO PROteste iniciou esta análise, a 5 de janeiro de 2022, os maiores aumentos percentuais foram os da carne de novilho para cozer (mais 97%), dos ovos (mais 85%) e do bife de peru (mais 65 por cento)".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em outubro, menos 0,1 pontos percentuais do que a verificada em setembro.

Num comunicado hoje divulgado, o INE adianta que a inflação subjacente - que exclui produtos com preços mais voláteis, como alimentos não transformados e energia - registou uma variação de 2,1%, contra 2,0% no mês anterior.

Já a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -1,2% (0,3% no mês anterior), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação de 6,1% (7,0% em setembro).

Em cadeia, a variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi nula (0,9% no mês precedente e 0,1% em outubro de 2024).

A variação média dos últimos 12 meses foi 2,4%, valor idêntico ao do mês anterior.