O Partido Popular Monárquico (PPM) anunciou oficialmente a candidatura de Gonçalo da Câmara Pereira como cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa nas próximas eleições legislativas, agendadas para o dia 18 de maio de 2025.

A nota informativa, assinada por Paulo Estêvão, Secretário-Geral do partido, confirma a entrega oficial da lista no dia 7 de abril, revelando uma aposta clara na projeção nacional do PPM, que concorrerá em todos os círculos eleitorais do país.

O objetivo declarado é o regresso ao Parlamento nacional, ambição que ganha força após anos de presença ininterrupta na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores desde 2008.

Gonçalo da Câmara Pereira, atual Presidente da Comissão Política Nacional do PPM, é uma figura histórica no seio do partido e conhecido pelo seu empenho político desde a fundação. Com esta candidatura, o dirigente monárquico reafirma o seu compromisso com os valores do partido e pretende agora conquistar a confiança do eleitorado lisboeta.

Esta candidatura sinaliza uma nova etapa na estratégia do PPM, que pretende reforçar a sua visibilidade e influência política a nível nacional. A liderança de Gonçalo da Câmara Pereira poderá representar uma tentativa de revitalizar a mensagem monárquica e conservadora num contexto político cada vez mais competitivo e fragmentado.
Assim o anuncio do PPM, que se candidatará em todos os circulos, começa a pôr em causa a capacidade de segurar o eleitorado da Direita perante uma IL e o PPM.
É certo que os votos abaixo poderão nao mostrar tal, mas acreditamos que há bem mais monarquicos que os 32526 votos de 1975 e que portanto a fake AD poderá ter uma razoavel surpresa!

1975 - 32526 votos

1976 - 28320 votos

1983 - 27635 votos

1987 - 23218 votos

1991 - 25216 votos

1999 - 16522 votos

2002 - 12398 votos

2009 - 15262 votos

2011- 14687 votos

2015 - 14897 votos

2019 - 8431 votos

Entre uma IL em ascensão, um PPM determinado a regressar ao Parlamento, e uma “cheganice” afetada pelos escândalos do senhor Montenegro e seu círculo próximo — agravados pelos desaires na Saúde e na Educação — será difícil à chamada “fakeAD” não sofrer uma quebra expressiva no apoio popular.

Estamos, pois, perante um momento eleitoral marcado pela incerteza, onde a volatilidade do voto e o desencanto dos cidadãos se tornam o novo normal.

É, no entanto, lamentável que, neste contexto tão propício à mudança, as forças da Esquerda surjam ainda divididas e sem a coragem de afirmar, desde já, uma intenção clara de reeditar uma nova Geringonça, tão desejada por muitos como alternativa ao desgaste da atual governação.