Questionado sobre se o Irão aceitará assinar imediatamente um acordo, caso estas condições sejam cumpridas, o conselheiro respondeu que "sim", noticiou o canal norte-americano.
"Ainda é possível. Se os estadunidenses fizerem o que dizem, poderemos certamente ter melhores relações", o que "melhorará a situação num futuro próximo", disse Shamkhani.
Na quarta-feira, 14.05, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aplicou novas sanções a indivíduos e empresas no Irão e na RPChina, acusados de "ajudar o regime iraniano a fabricar localmente" mísseis balísticos intercontinentais e aplicou esta semana novas sanções a responsáveis iranianos, visando travar o desenvolvimento de armas nucleares por Teerão.
"O Irão continua a expandir substancialmente o seu programa nuclear e a levar a cabo atividades de investigação e desenvolvimento de dupla utilização aplicáveis a armas nucleares e a sistemas de lançamento de armas nucleares", sublinhou o departamento liderado por Marco Rubio, através de um comunicado.
Atualmente, o Irão enriquece urânio a 60%, muito acima do limite de 3,67% estabelecido por um acordo nuclear internacional de 2015, enquanto é necessário um nível de 90% para uso militar.
Em 2018, durante o primeiro mandato do Presidente Donald Trump (2017-2021), os Estados Unidos retiraram-se do acordo entre o Irão e as principais potências mundiais para controlar o programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções internacionais.
O Presidente dos Estados Unidos classificou na quarta-feira o Irão como "a força mais destrutiva" no Médio Oriente e garantiu que vai conseguir um acordo que garanta que os iranianos "nunca terão uma arma nuclear".
Numa intervenção em Riade, onde iniciou uma viagem de quatro dias pelo Médio Oriente, Trump assegurou, apesar do tom ameaçador contra Teerão, que não quer "inimigos permanentes" e mostrou-se favorável a um acordo com o Irão.