Portugal perdeu 9,9% das suas explorações agrícolas entre 2019 e 2024, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em apenas cinco anos, o país viu desaparecer quase uma em cada dez unidades de produção agrícola — uma tendência que revela a fragilidade estrutural de um setor envelhecido e com escassa renovação geracional.

A idade média dos agricultores portugueses já ultrapassa os 65 anos, e o número de jovens que opta por seguir esta atividade continua a cair. Enquanto isso, o território rural assiste a uma crescente concentração de terras em explorações de maior dimensão, o que, embora aumente a eficiência média, reduz a diversidade produtiva e a ligação ao território.

“Estamos a perder não apenas pequenas explorações, mas também comunidades inteiras ligadas à terra”, alertam especialistas citados pela Cocampo, sublinhando que o futuro do setor passa por “revitalizar o mercado fundiário, criar incentivos à sucessão e facilitar o acesso à terra por parte de jovens agricultores e novos investidores”.

Neste cenário, a Cocampo, plataforma digital de compra, venda e arrendamento de propriedades rurais, entra no mercado português com o objetivo de impulsionar o investimento e revitalizar o tecido agrícola nacional. Com mais de 3.000 propriedades e 500.000 hectares disponíveis, a empresa promete “ligar proprietários, compradores e investidores de forma transparente e eficiente”, reforçando a sustentabilidade económica e territorial do país rural.

A chegada da Cocampo poderá representar uma nova oportunidade para combater o abandono das terras, promover a agricultura regenerativa e atrair capital para o mundo rural — um setor que, mais do que nunca, precisa de inovação, juventude e visão estratégica.

Fontes:

  • Instituto Nacional de Estatística (INE), “Estrutura das Explorações Agrícolas 2024”

  • Comunicado de Imprensa da Cocampo Portugal, novembro de 2025

  • www.cocampo.pt