A idade média dos agricultores portugueses já ultrapassa os 65 anos, e o número de jovens que opta por seguir esta atividade continua a cair. Enquanto isso, o território rural assiste a uma crescente concentração de terras em explorações de maior dimensão, o que, embora aumente a eficiência média, reduz a diversidade produtiva e a ligação ao território.
“Estamos a perder não apenas pequenas explorações, mas também comunidades inteiras ligadas à terra”, alertam especialistas citados pela Cocampo, sublinhando que o futuro do setor passa por “revitalizar o mercado fundiário, criar incentivos à sucessão e facilitar o acesso à terra por parte de jovens agricultores e novos investidores”.
Neste cenário, a Cocampo, plataforma digital de compra, venda e arrendamento de propriedades rurais, entra no mercado português com o objetivo de impulsionar o investimento e revitalizar o tecido agrícola nacional. Com mais de 3.000 propriedades e 500.000 hectares disponíveis, a empresa promete “ligar proprietários, compradores e investidores de forma transparente e eficiente”, reforçando a sustentabilidade económica e territorial do país rural.
A chegada da Cocampo poderá representar uma nova oportunidade para combater o abandono das terras, promover a agricultura regenerativa e atrair capital para o mundo rural — um setor que, mais do que nunca, precisa de inovação, juventude e visão estratégica.
Fontes:
Instituto Nacional de Estatística (INE), “Estrutura das Explorações Agrícolas 2024”
Comunicado de Imprensa da Cocampo Portugal, novembro de 2025