A Polícia Judiciária fez hoje  segunda-feira, 10.11,  buscas em Lisboa, na Nazaré e nas Caldas da Rainha, na Câmara Municipal da Nazaré, ma Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e na Docapesca, por suspeitas de participação económica em negócio, falsificação, corrupção e branqueamento de capitais.

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) adiantou que fez 15 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, "numa sociedade anónima de capitais públicos, numa Câmara Municipal, em cinco instalações de organismos do Estado, nas sedes de três sociedades comerciais e num empreendimento turístico".

À Lusa uma  fonte  disse  que a Câmara Municipal da Nazaré, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Docapesca, a Direção de Faróis e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo foram alvo de buscas.

"Em causa estão factos relacionados com a tramitação de um contrato de concessão, por 40 anos, respeitante à utilização privativa de uma área do domínio público marítimo - que compreende o domínio público hídrico -, localizada na zona portuária do Porto de Abrigo da Nazaré, correspondente à reabilitação e conservação de nove moradias que ali se encontram implantadas para fins turísticos", explicou a PJ em comunicado.

O inquérito, que se encontra em segredo de justiça, é coordenado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), coadjuvado pela PJ, que irá agora analisar a prova recolhida - física e digital.

Nas buscas da operação "Dunas" participaram três magistrados do Ministério Público, 40 investigadores criminais e especialistas de polícia científica da PJ e teve ainda o apoio da Diretoria do Centro da PJ, da Unidade de Perícia Tecnológica Informática e da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística.