Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), morreu tragicamente este sábado, 21 de dezembro, na sequência de um atropelamento enquanto circulava de bicicleta, em Lisboa.

O acidente ocorreu no sentido Alcântara-Algés, junto à Cordoaria Nacional. Apesar de ter recebido assistência no local, o óbito foi declarado pelo médico da VMER. O condutor, que inicialmente fugiu, entregou-se mais tarde às autoridades.

Um Legado de Excelência na Indústria Editorial

Com 51 anos, Pedro Sobral era um pilar da indústria editorial portuguesa. Nomeado presidente da APEL em novembro de 2021, trouxe à associação a experiência acumulada em décadas de trabalho no setor. Antes disso, ocupou o cargo de vice-presidente durante três anos, sendo uma figura-chave no desenvolvimento e promoção da edição e leitura em Portugal.

Licenciado em Economia e em Ciência Política pela Universidade Católica de Lisboa e com formação executiva na prestigiada Harvard Business School, Pedro Sobral destacou-se não só pela sua formação académica, mas também pela capacidade de implementar estratégias inovadoras.

O seu percurso profissional começou na área financeira e de consultoria, mas foi no setor editorial que deixou a sua marca mais profunda. Em 2004, assumiu o cargo de diretor de Marketing e Vendas no Grupo Almedina. Quatro anos mais tarde, ingressou no Grupo LEYA, onde ocupou diversos cargos de liderança, incluindo a coordenação da Divisão Editorial e a administração das Edições Gerais do grupo.

Um Visão Inovadora e uma Paixão pela Cultura

Pedro Sobral será recordado como um visionário, apaixonado pela cultura e pelos livros. Sob a sua liderança, a APEL procurou modernizar-se, adaptando-se aos desafios da digitalização e promovendo a leitura como um pilar fundamental da sociedade. A sua dedicação foi visível em iniciativas como a organização da Feira do Livro de Lisboa e do Porto, eventos que se tornaram ícones culturais no país.

Uma Perda Irreparável para o Setor e para Portugal

A morte de Pedro Sobral deixa um vazio difícil de preencher no panorama cultural e editorial português. Colegas, amigos e figuras públicas manifestaram o seu pesar, destacando o seu contributo inestimável para a literatura e o conhecimento em Portugal.

O seu exemplo continuará a inspirar todos aqueles que, como ele, acreditam no poder transformador dos livros. Mais do que um líder, Pedro Sobral era um defensor incansável da cultura, e o seu legado permanecerá como um tributo à sua visão e paixão.

O país despede-se de um homem cujo impacto transcendeu o mundo editorial, deixando um legado que perpetuará a sua memória na história da cultura portuguesa.