“Os maiores investimentos no interior foram feitos pelo PS, mas a obra ainda não está acabada”, contrapôs o secretário-geral socialista.
Pedro Nuno Santos também não esqueceu a abolição das portagens e realçou que “o PS não fez nenhum favor ao interior”, mas quis mostrar “o profundo respeito por quem cá continua a viver e a trabalhar”.
“O interior não é um fardo, é uma oportunidade para desenvolver o país. O PS é o partido do povo e para continuar a desenvolver o interior. Quando dizem que a democracia está ameaçada pelos extremismos também é porque o povo do interior se sente esquecido, enganado e relegado para segundo plano”, considerou.
Uma situação que não seria possível com Mário Soares, que foi “o Presidente de todos os portugueses, do litoral ao interior, de norte a sul. Foi quem iniciou as Presidências Abertas e fê-las no interior”, lembrou Pedro Nuno Santos.
Este jantar que lembra o centenário do fundador do PS e antigo Presidente da República decorreu Idanha-a-Nova, onde cerca de 900 pessoas marcaram presença, segundo disse a organização à agência Lusa.
Antes de Pedro Nuno Santos, falou Vítor Pereira, autarca da Covilhã e presidente da Federação do PS de Castelo Branco, que apelou ao secretário-geral do partido para que não deixe que “a direita nos contamine com as Presidenciais, cujo único propósito é desviar as atenções do que realmente interessa”.
Armindo Jacinto, um autarca local que não se pode recandidatar por ter atingido o limite de mandatos, fez um balanço destes últimos 12 anos em Idanha-a-Nova e desafiou o líder do PS a organizar na vila raiana o próximo congresso nacional do partido.
João Soares, em representação da família do histórico dirigente socialista, lembrou que o pai foi “um homem excecional quando fundou o PS ainda em ditadura” e acrescentou que “nunca houve ninguém em Portugal que lutasse tanto pela liberdade como os socialistas”.
E nesta altura, na sua opinião, “Portugal, a Europa e o mundo estão a precisar de quem lute novamente pela liberdade e pela paz”.