Intitulado "Um Novo Impulso para Portugal", o programa agora apresentado reflete uma resposta clara aos desafios estruturais que o país enfrenta. Com uma postura determinada e um discurso sem rodeios, Pedro Nuno Santos deixou claro que o PS não se demite de apresentar uma alternativa à atual maioria da Aliança Democrática (AD), que acusou de "incompetência" na gestão governativa.
“Temos um programa para a década, mas é um programa de verdade e responsabilidade, que começa já em 2025,” afirmou o líder socialista perante uma plateia composta por militantes, quadros do partido e apoiantes, num ambiente marcado por entusiasmo e expectativa.
Entre as propostas mais relevantes anunciadas estão:
Redução do horário de trabalho semanal de 40 para 36 horas, sem corte salarial, a implementar de forma faseada até 2028.
Reforço do salário mínimo nacional, com metas de crescimento sustentado.
Nova política fiscal com maior progressividade no IRS e incentivos às famílias e pequenas empresas.
Plano Nacional de Habitação, com o aumento do parque público habitacional e medidas para travar a especulação imobiliária.
Valorização dos serviços públicos, nomeadamente na saúde e na educação, com mais investimento e contratação de profissionais.
Ao longo do seu discurso, Pedro Nuno Santos fez questão de sublinhar que não basta "gerir a espuma dos dias", mas é urgente voltar a apostar na transformação estrutural do país. Rejeitando o que chamou de “discurso de ferradura” da AD — centrado em promessas vazias —, afirmou que o PS oferece “um cravo de esperança”, evocando o espírito de Abril e a força da democracia participativa.
“O PS está pronto para governar com responsabilidade, com ambição e com coragem para enfrentar os desafios que o país tem pela frente.”
Este evento marca o arranque oficial da campanha socialista, num contexto político ainda instável, mas com sinais de recuperação do entusiasmo entre a base do partido. A clareza das propostas e a firmeza do discurso de Pedro Nuno Santos poderão representar uma viragem no debate político nacional, sobretudo entre os eleitores mais jovens e urbanos, preocupados com habitação, estabilidade no emprego e justiça social.