Em declarações ao país, Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista (PS), fez duras críticas ao Primeiro-Ministro, acusando-o de vitimização, falta de transparência e incapacidade de responder às questões fundamentais que lhe têm sido colocadas pela oposição e pelos órgãos de comunicação social.

O dirigente socialista considerou que o Primeiro-Ministro foi "prepotente e irresponsável", por não respeitar as instituições democráticas e por contribuir para a degradação do ambiente político nas últimas semanas.

Além disso, criticou o governante por não responder diretamente às acusações relacionadas com a venda da sua participação numa sociedade de advogados, num processo que, segundo Pedro Nuno Santos, quebrou "a relação de confiança com o povo português".

Principais Pontos do Discurso de Pedro Nuno Santos

🔹 Falta de respostas e ataque à imprensa – O líder do PS acusou o Primeiro-Ministro de se recusar a esclarecer as suas decisões, ignorando os apelos da imprensa e dos partidos políticos.

🔹 Crise na economia e nos serviços públicos – Pedro Nuno Santos alertou para a instabilidade na saúde, o aumento do desemprego e a crise na habitação, acusando o governo de ignorar os desafios enfrentados pelos cidadãos.

🔹 Fuga às responsabilidades – Para o PS, o Primeiro-Ministro tenta transferir a responsabilidade para outros, em vez de assumir as consequências políticas das suas decisões.

🔹 Rejeição de uma moção de confiança – Pedro Nuno Santos afirmou que, caso o Governo apresente uma moção de confiança no Parlamento, o PS irá votar contra, reforçando a posição de que não confia na atual governação.

Apesar de rejeitar ser um fator de instabilidade, o líder socialista sublinhou que o país precisa de respostas e esclarecimentos e que o atual governo não tem demonstrado capacidade para assegurar a confiança dos portugueses.

Com a moção de censura marcada para 10 de março, o panorama político português permanece incerto, e a posição do PS reforça a possibilidade de um novo cenário governativo no horizonte.