Não há, aos seus olhos, qualquer indício de ligação entre o movimento “Zero” e as facções da “cheganice”. Mas, afinal, será que esses elementos, aparentemente incómodos, são convenientemente ignorados?
A questão agrava-se quando recordamos o episódio trágico: uma pessoa foi abatida com um tiro no peito, sem tentativa de desarmamento nem disparo de advertência. Até onde se estenderá o poder policial, político e mediático na sua condescendência? A quem cabe a responsabilidade de limitar esse poder antes que a situação evolua para uma escalada de violência nas ruas e aprofunde o fosso entre portugueses?
Diante de um cenário tão perturbador, talvez seja inevitável considerar a demissão das chefias policiais e da ministra da Administração Interna. Contudo, uma questão se impõe: será que as forças mediáticas, controladas pela direita devido a um erro estratégico das esquerdas, continuarão a promover a ideologia que alimenta a própria direita?
Joffre Justino