O papa Francisco em Timor Leste a lidar com os abusos sexuais praticados responsáveis da igreja vaticanista

A visita do pontífice foca-se tambem no flagelo do abuso sexual na Igreja e Francisco abordará diretamente a questão durante a sua estadia.  
O Papa Francisco, chegou à pequena nação do Sudeste Asiático de Timor-Leste hoje, segunda-feira, 09.09, para a penúltima paragem da viagem do líder de 87 anos pela Ásia e pelo Pacífico Sul.

Milhares de timorenses alinharam-se nas ruas da capital, Díli, enquanto o papamóvel de Francisco passava lentamente por multidões entusiasmadas que agitavam bandeiras.

Francisco presidirá uma missa ao ar livre e as autoridades preparam-se para receber 750 mil pessoas, mais de metade da população do país.

Mas a questão dos abusos sexuais cometidos por clérigos paira nesta fase da visita do Papa à região, à medida que revelações de maus-tratos a clérigos timorenses de alto nível têm vindo à luz nos últimos anos.

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Durante o seu discurso às autoridades políticas do país, o Papa pediu-lhes que abordassem “todos os tipos de abuso” para “garantir uma infância saudável e pacífica para todos os jovens”.

Timor Leste, é um dos países mais jovens do mundo e mantém laços profundos com a Igreja Católica, o que influenciou a sua luta tumultuada e sangrenta pela independência da Indonésia.

Este país de apenas 1,3 milhões de habitantes é o segundo mais católico do mundo, com 97% da população identificada como católica, a percentagem mais elevada fora do Vaticano.

A visita do pontífice mantém na mesa dos diálogos o flagelo do abuso sexual na Igreja e Francisco abordará directamente a questão durante a sua estadia em Timor-Leste, como fez noutros países.

Há dois anos, o Vaticano reconheceu que disciplinou o bispo de Timor-Leste e vencedor do Prémio Nobel da Paz, Carlos Ximenes Belo, por ter sido acusado de abusar sexualmente de crianças há décadas.

Em viagens anteriores ao exterior, Francisco encontrou-se com vítimas de abusos.

Embora não conste do programa oficial da sua visita, alguns analistas afirmaram que se o Papa Francisco abordasse a questão dos abusos durante a sua estadia em Timor-Leste, isso enviaria uma mensagem forte aos sobreviventes e àqueles que não denunciaram, seja no país ou em toda a região.

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