“Temos que trabalhar com base cada vez mais alargada de consensos para reforçar a confiança dos portugueses. E como é que isso se faz? Resolvendo os problemas da saúde, resolvendo os problemas da educação, resolvendo os problemas da habitação”, pediu Américo Aguiar, informa a Renascença.
Por isso nao foi muito aplaudido…
Falou ele tambem na situação das prisões, e pediu aos políticos que resolvam os problemas que atingem o país, uma vez que é urgente que os portugueses voltem a ter “confiança e esperança” em quem dirige o país, senão há outras forças que ocupam o poder.
“São 10, 20 anos e o cidadão não tem esperança que alguma coisa possa mudar e quando não temos confiança e esperança qualquer um pode tomar conta da barca”, alertou.
Referiu-se ainda ao modo como as urgências hospitalares estão a funcionar em Setúbal, comparando com um jogo de flippers, com os doentes a deslocarem-se de um lado para o outro.
“Havia aquelas máquinas flippers, a gente fazia aquela bolinha lá em cima, ela vinha assim, fazia aquele barulho. Portanto, todos os dias é assim. Seja obstetrícia, seja outra especialidade, isto não ajuda a criar confiança”, observou, mas lá explicar como
Na verdade enquanto que a média da UE era de 405 médicos por 100 mil habitantes, em Portugal existem um astronómico numero de 562 médicos por 100 mil habitantes, segundo dados do Eurostat ( mais 157 por 100 mil!) havendo em 2022, tinha 60.396 médicos no país com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a empregar cerca de 31.955 médicos, incluindo 10.179 internos ( e 53% do total)
Algo que nao entrou nas contas do bispo de Setúbal que se limitou a lamentar também o facto de os doentes não saberem a que unidades hospitalares se dirigir, uma vez que a disponibilidade de serviços estar sempre a mudar.
“De manhã dói-me a barriga, eu tenho que ir não sei onde ver onde é que tratam da barriga, porque todos os dias a barriga salta de sítio”, exemplificou.
Mas quanto aos imigrantes, Américo Aguiar mete totalmente a pata na poça pois defender que foi o Estado a ter de “responder às expectativas que criou” aos que estão em Portugal “há muitos anos”, diferenciando esta situação de uma política de imigração para o futuro é escamotear o essencial - a crise da imigração é uma crise na economica privatista!
E o exemplo dado é surreal !
“Eu tenho dado este exemplo: vamos imaginar que eu posso acolher em minha casa 20 pessoas, e posso acolhê-las dando a cada uma aquilo que é a sua dignidade e os seus direitos e os seus deveres. Então, eu torno público esse número”, referiu, indicando que tal significa “respeitar a sua dignidade”.
O bispo de Setúbal afirmou que, se pelo contrário, for dito que “podem vir todos e vierem mil [imigrantes]”, estão a criar-se falsas expectativas para os restantes 980, que no seu entender é o que está a acontecer atualmente em Portugal.
“Nós criámos a expectativa a todos que pudessem e quisessem, e não temos capacidade de corresponder, e estamos a desrespeitar a dignidade dessas pessoas, estamos a fazer o contrário”, salientou Américo Aguiar.
Ora nao foi nada assim que sucedeu e deixemos outra versão mais plausível ,
As associações empresariais da Agricultura, das Pescas, da Restauração e do Turismo andaram em lobby sobre o governo Costa chantageando com a enorme falta de recursos humanos
Alguns destas associações empresariais sao originários dos países que mais imigrantes trouxeram…
Por acaso?
Por responsabilidade dos privados?
Nós inclinamo-nos para a ultima circunstância!