Os sacerdotes egipcios eram quem no Egipto Antigo, era sabedor de conhecimento secreto e não revelado ao mundo, ao contrário do que fizeram os gregos e seus filósofos vários séculos depois; quem, no Antigo Egipto, respondia a questões filosóficas, em segredo, era a classe dos sacerdotes e constituída, numa Ordem Secreta, a do Clero.
Os sacerdotes egípcios trabalhavam nas suas sessões, em três graus simbólicos, com lendas simbólicas que levavam ao estudo da moral e das virtudes e cultivavam a busca da verdade. Tinham um envolvimento directo com a casa real e com os faraós, que os consultavam para solução de grandes problemas. Consideravam os faraós como os Grandes Mestres e os obrigavam, através de promessas solenes, a cultivar a verdade.
Acreditavam na vida após a morte e um deles Akenaton procurou reorganizar a Ordem dos Sacerdotes, regularizando-a, e ditando normas e preceitos.
Akenaton instituiu algo como os Landmarks maçonicos, propondo um Deus Unico o Deus-sol, Aton, a quem chamou Grande Arquitecto, pois construiu sozinho todo o Universo.
Dez séculos depois, as histórias repetiriam-se, também, na Grécia. A mitologia grega e as histórias sobre os deuses do Olimpo, hoje, pode parecer uma hilariante comédia.
Na verdade, toda mitologia grega, histórias fantásticas e lendas heróicas são maneiras simbólicas de estudar filosofia, especialmente a moral.
A grande diferença entre os gregos e os antigos egípcios, é que os gregos faziam tudo isto abertamente.
As lendas, histórias e mitologias eram outras, mas o sentido e a moral era aproximadamente a mesma.
Certamente que os antigos egípcios e os filósofos gregos influenciaram, e muito, a maçonaria moderna.
A História da Maçonaria, tão cara para os Maçons, não chegou a ser escrita, em suas fases anteriores ao período operativo, que resplandeceu na Idade Média, como os “artistas operários”, também conhecidos como Trabalhadores de Pedra. Por isso, é praticamente impossível aos pesquisadores chegarem a uma uniformidade de opiniões para definição de sua origem.
O seu período pré-histórico, perdido na noite dos tempos, constitui um problema insolúvel, dando margem a lendas e suposições.
Acreditam alguns que, os princípios Maçonicos vêm do Código Manú, outros, das regras filosóficas dos gnosofistas, dos Cataristas, dos Alquimistas, dos Ocultistas, dos Cabalistas, dos Hermetistas.
Contudo, muitos buscam a origem da Maçonaria nos Mistérios dos Brâmanes, dos Cabires, de Salomão, do Cristianismo, da Cavalaria etc.
Sobre um assunto de tamanha importância, preferimos seguir o que nos ensina o insigne Maçom Álvaro Palmeira, o qual divide a História da Maçonaria em três períodos: 1º) Maçonaria Primitiva (Antigos Mistérios); 2º) Maçonaria Operativa ou dos Construtores; e 3º) Maçonaria Especulativa ou Atual.
No 1º período teríamos as seguintes fases:
Mistérios Egípcios ou Isis e Osiris (30 séculos a.C.);
Mistérios Gregos dos Caribes da Ilha Samotrácia (20 Séculos a.C.);
Mistérios Gregos de Ceres ou Demeter, em Eleusis (14 séculos a.C.);
Mistérios Romanos (desde o 8º século a.C. até o 5º século d.C.), que deram origem à Maçonaria Operativa, através do Collegia Artificum e dos Collegi Fabrorum, criados por Numa Pompilio;
Mistérios Gregos de Orfeu (7º século a.C.);
Mistérios Gregos e Pitágoras, em Crotona (6º século a.C);
Mistérios Judaicos de Salomão (5º século a. C.);
Mistérios Persas ou Magos e Indus ou Brâmanes (do 5º século ao 2º século a. C.);
Mistérios dos Essênios, junto ao Mar Morto; Jesus Cristo (2º séculos a. C.).
Além a consolidação da fundação de Roma, credita-se a Numa Pompílio e tambem a reforma no calendário, baseado nos ciclos lunares, que passou de 10 para 12 meses (365 dias), com os acréscimos dos meses de Janeiro e Fevereiro, até então o ano se iniciava em Março.
O 2º período da História da Maçonaria compreende a Maçonaria Operativa ou dos Construtores de Catedrais, que teve seu esplendor na Idade Média, sob a influência espiritual da Igreja Cristã.
São desse período a Constituição de York, o Poema Régius, o Manuscrito de Cooke, os Estatutos e Regulamentos da Confraria dos Trabalhadores de Pedra de Strasburgo, a Carta de Colonia, o Regulamento de 1633 ou Lei de Santo Albano, o Manuscrito Harloi e o Manuscrito Antigo, que constituem os documentos fundamentais da Maçonaria Operativa.
Segundo alguns escritores, os artistas operários, encarregados das construções, antes de começarem o serviço cotidiano e depois que o terminavam, costumavam reunir-se próximo das obras, em um barracão, que era uma construção ligeira e provisória (como as que ainda hoje se fazem junto da própria obra, destinadas a moradia de guardas ou vigias e depósitos de ferramentas e material), onde recebiam instruções, instrumentos de trabalho e projetos para a execução das tarefas.
Dizem que é daí a origem do nome Loja e, dessas reuniões nas chamadas LOJAS é que teria surgido a Franco-Maçonaria.
Lembramos que, várias Loja reunidas constituíam uma Grande Loja, sendo que, a primeira sobre a qual se tem um documento formal, é a de York, que data do ano de 926 da E:.V:.
Essa é uma das razões pelas quais uma Grande Loja só deve praticar um único Rito.
A seguida à fundação da Grande Loja de York, levantaram-se as de Strasburgo, Colonia, Viena e Berna.
A essas Organizações Maçonicas, deve a humanidade a maioria das obras arquitetônicas da Europa: Catedrais, Igrejas, Abadias, Mosteiros, Zimbórios (tipos de torres ou cúpula), Conventos, Palácios, Basílicas, Torres, Casa Nobres, Mercados, Paços Municipais, Academias etc.
Destacamos que, foi no século XII que se firmaram as primeiras relações entre as Grandes Lojas de vários países, estabelecendo-se Estatutos e Regulamentos Gerais, tendo a Maçonaria a tomar caráter internacional.
Nesse interregno, ou seja, do século XII ao XVII, várias assembleias maçônicas foram realizadas.
Em 1226, em York, na Inglaterra, teve lugar a primeira “Convenção Maçonica” e, em 1275, em Strasburgo, a segunda. Em 1359 foi assinada a Constituição dos Maçons de Strasburgo.
Em 1459, para a redação dos seus Estatutos, reuniram-se em Rastibona, as 19 Lojas da Alemanha Central e Meridional.
A segunda reunião de Mestre foi em 24 de agosto de 1462, em Targau e, a terceira, na mesma cidade, em 29 de setembro do mesmo ano.
Após vários séculos de atividades como Instituição essencialmente profissional (operativa), começou a Maçonaria, na Inglaterra, a partir de 1600, a admitir os que vinham de vários setores da sociedade, “não operativos”, por meio da “aceitação”.
A história maçonica registra Jonh Boswell como o primeiro não profissional “ACEITO”, numa Loja de Ediburg, em 08 de junho de 1600.
A chamada “aceitação” desenvolveu-se muito no período de 1620 a 1678.
As Lojas e Fraternidades inglesas passaram a admitir um número cada vez maior de maçons “não operativos”, a ponto de surgirem regulamentos que exigiam um mínimo de profissionais legítimos nos quadros sociais.
Isso, entretanto, não impediu que os “aceitos” viessem a constituir maioria entre eles.
Ressaltamos que, as novas condições, então introduzidas, motivaram a criação de diversos RITOS, de acordo com as tendências do ambiente, embora mantidas, em sua essência, as bases características da Instituição.
Assim é que o terceiro período, o da Maçonaria Especulativa ou Atual, o qual consideramos o mais importante, tendo em vista estarmos inseridos nessa situação, surgiu da “aceitação” que teve início no limiar do século XVII culminando na decadência da Maçonaria Operativa e concomitantemente ao surgimento e ascensão da Maçonaria Especulativa.
Até que em 24 de junho de 1717, dia de São João, reuniram-se, sob a orientação de Anderson e Desaguliers, as quatro Lojas que se achavam em atividade em Londres:
Loja da Cervejaria do Ganso e Grelha;
Loja da Cervejaria da Corôa;
Loja da Taberna da Macieira; e
Loja da Taberna Copázio e do Bago de Uva.
Portanto, foi dessa reunião que surgiu a Grande Loja da Inglaterra, que adotou o Rito dos Antigos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra, compreendendo 07 graus em duas classes:
Maçonaria de São João (Aprendiz, Companheiro e Mestre);Maçonaria do Real Arco (4 graus)
Dessa forma, foi fundada a primeira Grande Loja Maçônica do Mundo, do simbolismo iniciático, sendo aqueles dois ilustres Maçons incumbidos pela Ordem a elaborar a nova Constituição Maçônica, documento que foi publicado em 1723, ficando conhecido como “Constituição de Anderson”.
Vale destacar que, durante o século XVIII, a Maçonaria foi introduzida em quase todos os países da Europa, desde os mais poderosos Reinos e Impérios até os pequenos Condados.
Ressaltamos que, da Europa, a Maçonaria passou à Ásia, à África, à Oceania e nas Américas. No Novo Mundo, a primeira Loja estabelecida foi a do Canadá, no ano de 1721. Enquanto que em Portugal, os ingleses estabeleceram a primeira Loja Maçônica, no ano de 1733.
Pouco tempo depois, em 1455, Jonhann Gutemberg inventa a impressora com símbolos móveis, e é publicada a primeira Bíblia em latim.
Assim, o evangelho passa a chegar mais facilmente a todas as camadas da população.
Em 1509 subiu ao trono da Inglaterra o rei Henrique VIII que, logo de seguida, se casa com Catarina de Aragão.
Porém, mais tarde, apaixonado por Ana Bolena, contraria-se ao não obter do Papa o divórcio para casar com a sua amante.
Após insistentes tentativas, revolta-se e simplesmente não reconhece a autoridade do Papa, fundando uma nova religião, a Anglicana.
Constitui-se como único protector e chefe supremo da Igreja e do clero de Inglaterra, acaba com o celibato dos padres e confisca os bens da Igreja e em 1558, Elizabete I, como Rainha da Inglaterra, solidifica a Igreja Anglicana, como está, até aos dias de hoje.
Durante o seu governo, a Inglaterra torna-se uma potência mundial e, embora não fosse um súbdito católico, por tudo que ela fez contra o catolicismo em geral, o Papa Pio V excomungou-a em 25 de Fevereiro de 1570.
Em 1600, um facto aparentemente sem importância iria mudar os rumos da Maçonaria.
É aceite o primeiro Maçom especulativo, de que se tem notícia Lord Jonh Boswel, um agricultor (plantava batatas).
Foi o primeiro a ver vantagens em pertencer à Associação dos Pedreiros Livres.
Em 1646 é aceite outro especulativo, Elias Ashmole.
A importância deste facto é que Ashmole era um intelectual, alquimista e rosa-cruz.
Alguns autores atribuem-lhe a confecção dos Rituais do 1°, 2° e 3°grau, graças aos seus conhecimentos de Rosa-cruz.
Em 24 de Junho de 1717 é fundada a Grande Loja de Londres e a partir daí a Maçonaria começou a expandir-se e a ser exportada para países vizinhos: Holanda em 1731; França e Florença em 1732; Milão e Genebra em 1736 e Alemanha em 1737.
Esta estranha sociedade secreta, que guarda segredo absoluto de tudo o que faz, constituída de nobres e aristocratas, começou a inquietar os poderes dominantes de cada país.
O medo das tramas e subversões para derrubar o poder foi mais forte, e começaram as proibições. Sem saber o que acontecia nas reuniões, sempre secretas, criou-se um alvoroço, e muitos governantes pediam providências ou soluções ao Papa.
As alegações eram de que a sociedade admitia pessoas de todas as religiões; que era exigido aos seus membros segredo absoluto, sob severas penas, e que prestava obediência a um poder central de Londres. O que fazer?
Com o Papa Clemente XII doente, constantemente acamado, totalmente cego há 6 anos, rodeado de pessoas que lhe filtravam as informações e ainda sob a pressão dos governantes que exigiam providências e, também, dos inquisidores que exerciam a sua influência, o Papa assinou em 28 de Abril de 1738 a Bula In Eminenti, selando assim o destino dos maçons católicos em especial, e da maçonaria em geral.
Esta Bula excomungava todos os maçons e afirmava que era bom exterminar estas reuniões clandestinas, pois, poderiam actuar contra o governo.
Bem, com a divulgação e publicação da Bula nos países católicos, foram-se desencadeando as proibições. Em França, o parlamento não a aprovou e por isso não foi promulgada.
Sendo passim, em França, oficialmente, a Bula não entrou em vigor.
Nos Estados Pontifícios (Itália desunificada), cuja constituição administrativa era católica, todo o delito eclesiástico era castigado como delito político, e vice-versa. Infringir a religião era infringir a lei.
Deu-se então uma verdadeira caçada à maçonaria e aos seus membros.
A inquisição, encarregada de executar as ordens papais torturou, matou e queimou inúmeros maçons e, logicamente, pessoas inocentes que eram confundidas com maçons.
Em 1800 foi eleito Pio VII, e durante o seu papado, surge Napoleão Bonaparte.
Entre outros feitos, provocou a fuga da coroa portuguesa para o Brasil em 1808 e conquistou Roma, proclamando o fim do poder temporal do Papa mantendo-o preso no castelo de Fontainebleau.
Pio VII só recuperou parte das suas possessões, com a queda de Napoleão em 1815.
Nesta época, porém, o mundo já não era mais o mesmo.
Os ideais de libertação afloravam e iniciaram-se diversos movimentos pelo mundo, praticamente todos liderados por maçons, que conseguem a independência dos seus países. Estados Unidos, 1783; França, 1789; Chile, 1812; Colômbia, 1821; Peru, Argentina, Brasil, 1822, Portugal 1910.
A maçonaria deixou então de ser simplesmente inconveniente e passou a ter mais acção, concreta e objectiva, e com isto recebia condenações mais veementes da Igreja.
A maçonaria até aqui tinha sido sempre condenada e perseguida por terceiros motivos. Até este momento a Igreja Católica nunca tinha sido atingida directamente pela influência maçónica.
O facto que realmente condenou a maçonaria pela Igreja Católica aconteceu no processo da reunificação da Itália.
O trauma desse episódio não é esquecido até hoje por alguns sectores da Igreja.
A Itália, nesta época, era uma “Manta de Retalhos”, constituída por vários estados entre os quais os Estados Pontifícios, que correspondiam a aproximadamente 13,6% do total da Itália, ou seja, eram 41.000 km², que pertenciam ao clero e localizavam-se na região central. A população dos Estados Pontifícios não tinha acesso a nenhum cargo público, que era explorado pelo clero. Todos os funcionários públicos usavam o hábito.
O inconformismo e os movimentos de libertação começam em 1767, sendo os jesuítas expulsos de Nápoles.
Em 1797 é fundada a Carbonária, seita de carácter político independente da maçonaria, que tinha como objectivo principal a Unificação da Itália.
Pio VII em 1821, lança a Bula Ecclesiam a Jesus Cristo condenando a actividade dos carbonários.
A Carbonária tornou-se perigosa e prejudicial à maçonaria, pois era confundida com esta.
Os Carbonários tinham os seus aprendizes, mestres, grão-mestres, oradores, secretários, sinais, toques, palavras, juramentos e é claro, segredos.
Os principais líderes Carbonários: Cavour, Mazzini e Garibaldi eram maçons, por isso, a Carbonária era muito confundida com a maçonaria, porém, diferenciavam-se pela origem, finalidade e actividades.
Os carbonários matavam se fosse preciso.
Nos Estados Pontifícios explodiram grandes desordens.
A insatisfação contra o clero, que não permitiam que os leigos ocupassem cargos administrativos, era grande.
Em 1848 o Papa Pio IX é obrigado a refugiar-se em Nápoles, devido à revolução, e lança após alguns meses a encíclica Quibus Quantisque, responsabilizando a Maçonaria pela usurpação dos Estados Pontifícios.
Em 1849 é proclamada por uma Assembleia a República em Roma.
Nesse momento, Pio IX lançou cerca de 230 condenações contra a maçonaria. Ele e o seu sucessor, Leão XIII, lançaram cerca de 600 documentos de condenações.
Em 14 de Maio de 1861, Vítor Manoel é proclamado Rei da Itália Unificada.
Em 27 de Maio de 1917 é promulgado por Bento XV, o primeiro Código de Direito Canónico, também chamado de Pio Beneditino onde se refere a Maçonaria da seguinte forma, no seu Cânon 2335:
“Os que dão o seu próprio nome à seita maçónica ou a outras associações do mesmo género, que maquinam contra a Igreja ou contra os legítimos poderes civis, incorrem Ipso Facto, na excomunhão simplificter reservada à Sé Apostólica”.
E pronto eis a razao substancial dos Construtores dos Templos da igreja cristã serem excomungados
Hoje
E hoje os católicos continuam proibidos de se filiar à maçonaria. É o que reafirma a resposta do Dicastério para a Doutrina da Fé datada de 13 de novembro de 2023, assinada pelo prefeito Victor Fernandéz e com a aprovação do Papa Francisco.
O dicastério respondeu a uma solicitação de dom Julito Cortes, bispo de Dumanguete, nas Filipinas. Cortes, "depois de ilustrar com preocupação a situação em sua diocese, devido ao aumento contínuo de fiéis filiados à maçonaria, pediu sugestões sobre como lidar adequadamente com essa realidade do ponto de vista pastoral, levando em conta também as implicações doutrinárias".
O dicastério decidiu responder envolvendo também a Conferência Episcopal das Filipinas, "notificando que seria necessário implementar uma estratégia coordenada entre cada bispo que envolve duas abordagens".
A primeira diz respeito ao nível doutrinário: o dicastério reitera que "a filiação ativa de um fiel à maçonaria é proibida, devido à irreconciliabilidade entre a doutrina católica e a maçonaria (cf. a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé de 1983, e as mesmas Diretrizes publicadas pela Conferência episcopal em 2003)".
Portanto, esclarece a nota, "aqueles que formalmente e conscientemente estão inscritos em lojas maçônicas e abraçaram os princípios maçônicos, se enquadram nas disposições da Declaração acima mencionada. Essas medidas também se aplicam a eventuais eclesiásticos inscritos na maçonaria".
A segunda abordagem diz respeito ao nível pastoral: o dicastério propõe aos bispos filipinos que "realizem uma catequese popular em todas as paróquias sobre as razões da irreconciliabilidade entre a fé católica e a maçonaria". Por fim, os bispos das Filipinas são convidados a considerar se devem fazer um pronunciamento público sobre esse assunto.
A Declaração de novembro de 1983 foi publicada às vésperas da entrada em vigor do novo Código de Direito Canônico. O Código substituiu o de 1917 e, entre as novidades era observada - por alguns com satisfação, por outros com preocupação - a ausência da condenação explícita da maçonaria e da excomunhão para seus afiliados, que estava presente no texto antigo. A Declaração, assinada pelo então cardeal Joseph Ratzinger e pelo secretário da Congregação, Jérôme Hamer, e aprovada por João Paulo II, reiterou que os católicos afiliados a lojas maçônicas estão "em estado de pecado grave".
CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ
DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA
Foi questionado se a opinião da Igreja sobre a Maçonaria mudou porque ela não é expressamente mencionada no novo Código de Direito Canônico como era no Código anterior.
Esta Congregação pode responder que esta circunstância se deve a um critério editorial também seguido por outras associações igualmente não mencionadas por estarem incluídas em categorias mais amplas.
A opinião negativa da Igreja em relação às associações maçônicas permanece, portanto, inalterada, uma vez que seus princípios sempre foram considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, portanto, a filiação a elas continua proibida. Os fiéis que pertencem a associações maçônicas encontram-se em estado de pecado grave e não podem ter acesso à Sagrada Comunhão.
Não cabe às autoridades eclesiásticas locais pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique uma derrogação do que foi estabelecido acima, e isso está em consonância com a Declaração desta Sagrada Congregação de 17 de fevereiro de 1981 (Cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).
O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao abaixo assinado Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, deliberada na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.
Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.
José Card. RATZINGER
Prefeito
Ir. Jérôme Hamer, OP
Arcebispo Titular. por
Secretário de Lorium
Declaração conjunta do CBCP sobre sanções para católicos que ingressam na Maçonaria
6 de julho de 2002
Manila, Filipinas
Nós, membros da Conferência Episcopal Católica das Filipinas, reunidos na cidade de Tagaytay para nossa 85ª Assembleia Plenária, no exercício de nosso dever pastoral de guiar os membros da Igreja rumo a um discipulado sincero de Jesus Cristo, emitimos esta Declaração Conjunta para aplicar as disposições do Direito Canônico sobre sanções para católicos que ingressam na Maçonaria. Decretamos que:
1. Qualquer católico que seja publicamente conhecido como membro de qualquer Associação Maçônica e participe ativamente de seu programa e atividades, ou promova suas opiniões, ou ocupe qualquer cargo nela, e se recuse a renunciar a tal filiação apesar de pelo menos uma advertência (Cf. Cânon 1347) deve ser punido com um interdito (cf. Cânon 1374), ou seja:
a) não seja admitido à Sagrada Comunhão e aos outros sacramentos (cf. Cânon 1332);
b) seja proibido de atuar como padrinho no Batismo e na Confirmação;
c) não seja admitido como membro de estruturas paroquiais ou diocesanas;
d) sejam negados os ritos fúnebres, a menos que tenham sido demonstrados alguns sinais de arrependimento antes da morte (cf. Cânon 1184, §1, n.º 3);
e) onde os ritos fúnebres da Igreja são permitidos pelo bispo, nenhum serviço maçônico será permitido na Igreja ou no cemitério imediatamente antes ou depois dos ritos da Igreja, a fim de evitar escândalo público (cf. Cânon 1184, §1, n.º 3 e Cânon 1374).
2. Qualquer católico que seja membro convicto da Maçonaria, notoriamente aderente à visão maçônica, já é considerado excomungado latae sententiae (Cf. Cânon 1364). Como tal, as censuras descritas no Cânon 1331 produzem automaticamente todo o seu efeito sobre essa pessoa. O Cânon 1331 afirma:
§1 É proibido ao excomungado:
1. ter qualquer participação ministerial na celebração do Sacrifício Eucarístico ou em quaisquer outras cerimônias de culto público;
2. celebrar os sacramentos e sacramentais e receber os sacramentos;
3. desempenhar quaisquer ofícios, ministérios ou funções eclesiásticas, ou praticar atos de governo.
§2 Se a excomunhão tiver sido imposta ou declarada, o culpado:
Português 1. deseja agir contra a prescrição do § 1 seja impedido de fazê-lo ou a ação litúrgica seja interrompida, a menos que intervenha uma causa grave;
2. invalida atos de governo que são ilícitos apenas de acordo com as normas do § 1 n.º 3;
3. é proibido de desfrutar de privilégios anteriormente concedidos;
4. não pode adquirir validamente uma dignidade, ofício ou outras funções na Igreja;
5. não pode apropriar-se das receitas de qualquer dignidade, ofício, função ou pensão na Igreja.”
3. Além disso, todos os bispos individuais, em virtude do Cânon 455 §4, decidiram proibir estritamente, em suas respectivas jurisdições, esses maçons de serem testemunhas no Matrimônio e como membros de quaisquer associações de fiéis.
Essas sanções manifestam claramente que a incompatibilidade entre o cristianismo e os princípios da Maçonaria afeta questões importantes da vida cristã.
No espírito do Bom Pastor, confiamos que essas sanções sejam recebidas por homens e mulheres de boa vontade como sinais de nossa solicitude por seu bem-estar espiritual.
Como os maçons católicos são membros da Igreja, eles merecem as orações e a caridade que os cristãos devem uns aos outros. Embora as diretrizes da Igreja não devam ser diluídas, a situação pessoal e individual de um maçom católico deve ser considerada, para que ele possa gradualmente segui-las livremente. Recomenda-se que um maçom consulte seu pároco ou bispo para receber orientação pessoal e espiritual sobre este assunto.
E a homossexualidade!?
O papa Francisco diz que ser homossexual não é um crime, mas é um pecado
O papa Francisco afirmou, em entrevista à agência de notícias Associated Press, que as leis que criminalizam a homossexualidade são injustas e que "ser homossexual não é um crime (...), mas é um pecado", isto é, trata-se de um crime religioso
"O Evangelho é para todos", sublinhou o Papa, para todos nós que somos pecadores: "Eu também sou um pecador". Ele afirmou: "Se a Igreja coloca uma alfândega em sua porta, ela! deixa de ser a Igreja de Cristo". Em seguida, Francisco esclareceu sobre a questão das bênçãos às uniões homossexuais, sobre as quais o documento doutrinário Fiducia Supplicans fala. "A bênção é para todos", pode-se abençoar qualquer pessoa, mas não a união homossexual. "O que eu permiti não foi abençoar a união", porque isso vai contra "a lei da Igreja".
No entanto, eis o que nos diz o Novo Testamento,
Atos 8:36-38 Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco.”
… e se acreditam que o eunuco nao praticava sexo e nao continuou a fazê-lo…
E a Riqueza!?
O Papa Francisco quer os ricos a pagar mais impostos para distribuir dinheiro pelos pobres e classe média
O Papa defendeu esta sexta-feira que os ricos devem "pagar mais impostos" para que o dinheiro possa ser distribuído "pelos pobres e pela classe média", durante uma reunião organizada Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral no Vaticano.
Note-se que um Imposto sobre os 0,5% mais ricos de Portugal valeria 3600 milhões ao Estado
isto é arrecadaria arrecadaria mais 6,6% de receita fiscal para os cofres do Estado.
O Papa afirmou que quer os ricos a pagar mais impostos para distribuir dinheiro pelos pobres e classe média
“Se essa percentagem tão pequena de bilionários que tem a maior parte da riqueza do planeta for incentivada a dividi-la, não como esmola, mas fraternalmente, que bom que seria. E que justo seria para todos".
Para o papa o objetivo de querer os ricos a pagar mais impostos é para distribuir dinheiro pelos pobres e classe média
Durante a sua intervenção, Francisco também recusou frontalmente o sistema económico actual: "Enquanto não se resolverem os problemas dos pobres, não se resolverão os problemas do mundo"
No entanto o secretário-geral da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) se aceita a criação de uma taxa extra sobre os detentores de maiores rendimentos mas considera que a prioridade do Executivo deve ser o corte da despesa pública.
“É uma obrigação dos ricos contribuírem com um imposto suplementar mas o foco central da discussão tem de ser a diminuição do custo do Estado e não um aumento consecutivo das receitas provenientes dos impostos”, afirmou hoje Jorge Líbano Monteiro à Agência ECCLESIA.
O responsável reconheceu que Portugal vive “um momento de urgência, em que é preciso mostrar resultados”, mas alertou para o “perigo de se achar que há soluções milagrosas”, tendo sublinhado que a taxa, a ser aplicada, “é mais uma gota para o oceano, embora todas as gotas sejam necessárias”.
“A situação é de tal forma dramática que o Estado tem de ir buscar recursos a todos os sítios. O importante é perceber o que pode ser mudado estruturalmente, já que esta medida pode servir de ajuda momentânea mas não é solução para os problemas do país”, apontou Jorge Líbano Monteiro.
“Espero que o Governo perceba que as pessoas no limiar dos sacrifícios não podem ser mais oneradas; mas há outras, com rendimentos maiores, que provavelmente não precisam de serviços totalmente gratuitos”, disse Jorge Líbano Monteiro, que apela à “distinção entre os que precisam e os que não precisam tanto”.
Eis o como pensam os que deveriam seguir o papa Francisco!
A verdade é que a taxa de pobreza em Portugal é de 17%. Neste momento, mais de dois milhões de portugueses estão em risco de pobreza, muitos destes vivem no interior rural ou nas periferias das maiores zonas urbanas do país, em famílias monoparentais ou famílias numerosas.
O celibato dos padres
O Papa Francisco disse que o celibato dos padres é uma medida temporária e que pode ser revista.
Numa entrevista a um site de notícias da Argentina, Francisco lembrou que, mesmo dentro da Igreja Católica, os sacerdotes das igrejas que seguem o rito oriental podem se casar e que o celibato na igreja ocidental é apenas uma receita temporária.
A ordenação, essa sim, é para sempre, mesmo que o padre mais tarde deixe a igreja.
Por isso, segundo Francisco, não há contradição no casamento de sacerdotes.
O Futuro
Uma plataforma online Cardinalii Collegii Recensio(em português O Colégio dos Cardinais: uma resenha), que é liderada por uma equipa de jornalistas e especialistas em assuntos do Vaticano, divulhou uma lista de vários nomes que constam como possíveis escolhas para o futuro papa!
Péter Erdő, 72 anos, Hungria
É defensor da clássica estrutura hierárquica da Igreja opõe-se ao celibato opcional para padres e deu grande ênfase à Nova Evangelização e ao ministério para a juventude.
É contra a união homossexual, mas favorece o apoio pastoral.
Em questões relativas à imigração, transmite uma abordagem equilibrada. Reconhece o direito de migrar, mas fala dos perigos de integrar refugiados sem colocar em risco a estabilidade política.
Tem uma visão positiva da igreja ortodoxa, apoiando o diálogo com religiões não cristãs.
Nega o universalismo, no entanto acredita que todos podem ser salvos.
Defende o acompanhamento
pastoral para divorciados “recasados”, mas só nos casos em que não há nenhuma dúvida sobre o ensinamento da igreja.
Matteo Zuppi, 69 anos, Itália
Muitas vezes apelidado de “padre da rua”, a sua abordagem foca-se em rejeitar o ódio, abraçando o pluralismo religioso.
Nomeado arcebispo pelo Papa Francisco, aderiu à visão do pontificado de Francisco.
Realizou alianças com a política de esquerda italiana, elogiou dois radicais de extrema-esquerda e pró-aborto durante os seus funerais e incorporou na Arquidiocese de Bolonha um padre comunista que concorreu ao Parlamento Europeu.
Matteo Zuppi é defensor do acolhimento dos homossexuais e do amor entre pessoas do mesmo sexo.
Apesar das tendências progressistas, é alguém que tenta manter o diálogo com os que defendem a tradição na Igreja Católica.
Robert Sarah, 79 anos, Guiné
Aos 34 anos foi nomeado arcebispo de Conacri, tornando-o no bispo mais jovem do mundo. Em 2013, participou no conclave que elegeu o Papa Francisco.
Num livro que escreveu em co-autoria com o Papa emérito Bento XVI mostra-se contra ordenar mulheres diáconos, dizendo que essa questão foi excluída da igreja.
Opõe-se à abolição do celibato sacerdotal e à bênção a casais do mesmo sexo, tornando-se um dos críticos mais vociferantes da Fiducia Supplicans(um documento aprovado pelo Papa Francisco sobre as chamadas "relações irregulares", ou seja, aqueles que estabelecem um vínculo monogâmico, que perdura no tempo, mas que não contraíram matrimónio).
Luis Antonio Tagle, 67 anos, Filipinas
Aclamado por alguns como o “Francisco Asiático”, já foi considerado em tempos como o preferido a suceder ao Papa.
O seu caráter brincalhão torna-o numa pessoa mais perto do povo.
É um defensor das causas populares como, por exemplo, as que estejam relacionadas com a ecologia.
Em 2019 teve uma participação ativa no controverso ritual Pachamama nos Jardins do Vaticano.
Por vezes, as suas posições são dúbias. Por exemplo, ainda não fez nenhuma declaração pública sobre o Fiducia Supplicans.
No entanto, as suas posições geralmente progressistas e pró-Francisco dão a indicação que muito provavelmente apoiará a bênção de casais do mesmo sexo.
Malcolm Ranjith, 77 anos, Sri Lanka
Assim como o Papa, compartilha uma preocupação com os pobres. No entanto, há assuntos em que o distanciamento é total.
Por exemplo, acredita na pena de morte para certos casos, favorece o capitalismo ético e rejeita o socialismo.
Tem sido um defensor da "reforma da reforma", ao mesmo tempo que favorece um "retorno à verdadeira liturgia da Igreja". Acredita nas reformas do Concílio Vaticano II e adota uma abordagem pós-conciliar pronunciada à liberdade religiosa.
Pietro Parolin, 70 anos, Itália
Considerado, por muitos, como uma figura confiável e confiante no cenário mundial, está numa trajetória semelhante à do ex-diplomata Papa São Paulo VI.
É especialista em questões relativas ao Médio Oriente e à situação geopolítica do continente asiático.
Ainda há dúvidas sobre a sua posição sobre a contraceção, mas em relação à liturgia tradicional aquilo que acredita é claro: é contra um “novo paradigma” para a Igreja, um que é descentralizado, mais global e sinodal.
Um dos problemas que levanta para os críticos é sua falta de experiência pastoral.
Pierbattista Pizzaballa, 59 anos, Itália
As suas posições não são muito conhecidas, mas, pelo pouco que se sabe, é possível perceber o desejo de respeitar as tradições e as práticas da igreja ortodoxa, ao mesmo tempo que está aberto à modernidade.
Tem várias semelhanças com o Papa Francisco, desde logo a preocupação com os migrantes e o diálogo inter-religioso.
Acredita que a igreja é aberta a todos, mas isso não significa que "pertença a todos". Enfatiza a importância da justiça social, direitos e deveres, mas sublinha que o "ponto de partida tem que ser a fé".
Fridolin Ambongo Besungu, 65 anos, República Democrática do Congo
Foi criado cardeal pelo Papa Francisco durante o consórcio de cinco de outubro de 2019 e no ano seguinte foi nomeado pelo Santo Padre para o Conselho dos Cardeais.
Fridolin Ambongo Besungu descreve-se a si próprio como uma “sentinela” e critica abertamente o Governo.
Tem uma posição clara quando se trata de questões políticas e de justiça social.
Defende a família, o celibato sacerdotal e a doutrina moral da Igreja. É conhecido por ter resistido à Fiducia Supplicans, e negociou habilmente com o Vaticano uma opção de não participação na declaração.
Willem Eijk, 71 anos, Holanda
É visto como solidamente ortodoxo e pró-vida. Devido à sua experiência como médico e teólogo moral, já falou de questões relativas à eutanásia e à fertilização in vitro.
Defende os ensinamentos da igreja e é contra o divórcio e as relações homossexuais.
A insistência nos ensinamentos de Cristo sobre um sacerdócio celibatário exclusivamente masculino tem sido visto, por alguns, com uma sinal de contradição.
Fala com clareza sobre as diferenças entre o islamismo e o cristianismo. Valoriza a reverência na liturgia, no entanto, têm-se mantido fora da questão de restringir a missa tradicional ao latim.
Anders Arborelius, 75 anos, Suíça
Defende não só os ensinamentos da Igreja sobre a vida como o celibato sacerdotal e opõe-se à ordenação de mulheres.
Olha com pragmatismo para as questões relacionadas com diálogo inter-religioso, no entanto, opõe-se a que pessoas não-católicas recebam a Eucaristia.
Tem uma forte preocupação com o meio ambiente e apoia a lei internacional contra o “ecocídio”. Alia-se com o Papa Francisco nos pensamentos relativos à migração. Relativamente à liturgia, tem-se juntado aos que querem celebrar a missa tradicional em latim.
Charles Bo, 76 anos, Mianmar
É um homem de vários oficios. Assim como João Paulo II, também ele é dramaturgo.Aliado a isso, tem um especial gosto pelo desporto, jogando futebol e basquetebol com outros padres.
Nas suas declarações públicas, foca o discurso na justiça e na paz, não abordando, frequentemente, questões relativas a temas polémicos da Igreja.
Apesar de nunca ter expressado a sua opinião, aqueles que o conhecem dizem não é a favor de ordenar mulheres, tornar o celibato sacerdotal uma opção e dar a bênção a casais do mesmo sexo.
Jean-Marc Aveline, 66 anos, França
Mantém sempre uma atitude cautelosa relativamente a assuntos que podem criar controvérsia dentro da Igreja.
Por isso, não é conhecida a sua opinião sobre a ordenação de mulheres, o celibato sacerdotal, o acesso à comunhão para divorciados recasados, ou a união de pessoas do mesmo sexo.
Esta forma de agir faz com que passe uma imagem de figura liberal, mas consensual.
Favorece a descentralização radical da Igreja, dizendo que o centro de gravidade da Igreja não está nela mesma, mas no relacionamento de Deus com o mundo.
Tolentino de Mendonça, 59 anos, Portugal
Ainda que não esteja nos 12 primeiros lugares da lista Cardinalium Colleggi Recensium, o cardeal português é uma das figuras que consta na lista como possível escolha para suceder ao Papa Francisco no mais importante cargo da Igreja Católica.
Nasceu no Funchal e é ligado à ala progressista da Igreja. Ao longo da sua vida sacerdotal, atraiu alguma controvérsia. Apesar de nunca ter falado sobre o assunto, simpatiza com abordagens heterodoxas e tolerantes à homossexualidade.
É descrito como uma figura emergente na religião católica, com uma estreita afinidade com o Papa Francisco. É poeta e amante da literatura.
Mas há mais nomes
Ángel Fernández Artime e Cristóbal López, ambos espanhóis, Carlos Aguiar, mexicano, Christopher Schönborn, da Áustria, Mario Grech, de Malta, e Peter Turkson, de Gana.
O colégio de cardeais conta com 252 membros, sendo 125 eleitores.Entre eles, oficialmente, todos podem ser eleitos papas. Cardeais não-votantes e outros religiosos também podem ser escolhidos, apesar de na história recente apenas cardeais terem sido eleitos.