Mas a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) limitou-se a arquivar o inquérito sobre a operação da PSP, na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, em Lisboa e a entender  que a operação foi justificada, cumpriu “todos os preceitos legais”, sem que tenham sido cometidos quaisquer excessos, nada dizendo sobre os resultados!

Estranhamente ainda nao se viu operacao equivalente sobre hostels, AL’s etc com dezenas de pessoas e camas por quarto sem controlo sanitario, de HSST, e de resultados financeiros!

À  TSF, Alberto Matos, da Associação Solidariedade Imigrante, tem dúvidas sobre a independência da IGAI neste inquérito e considera que houve "dedo do Governo", uma vez que o que estava em causa era a interferência política na operação da PSP. 

"A questão principal é saber da interferência política e da decisão política do governo na atuação da PSP. Não é se foram formalmente cumpridos os preceitos legais. Há claramente, naquele momento, um endurecimento das posições do Governo em relação à imigração, uma cedência e uma aproximação às posições da extrema-direita e particularmente do Chega, é claramente interferência política do Governo", explica à TSF Alberto Matos, considerando que "também houve interferência política do Governo na decisão da IGAI, o que é mais grave".

"A IGAI supostamente devia ter uma atuação independente face à atuação de todas as forças no quadro do Ministério da Administração Interna e duvidamos muito dessa independência. Não foi uma ação espontânea da polícia e esta atuação da IGAI também não é espontânea. Aqui há dedo do Governo, há dedo da direita e cedência à extrema-direita", acrescenta.

Nós preocupamo-nos neste e em casos equivalentes da eficacia destes atos baseados numa “politica de terror” que deixa o possivel banditismo na “paz do senhor “ pois a bandidagem está no controlo e abuso de imigrantes ilegais no seu dia-a-dia e nos seus rendimentos!