Segundo a Polícia Judiciária (PJ) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), entre os 43 arguidos encontram-se 31 indivíduos e 12 entidades coletivas, de acordo com informação avançada pela agência Lusa. A operação, batizada de “Pactum”, decorreu em vários pontos do país, incluindo Lisboa, Porto e Braga, e foi dirigida a funcionários e não a decisores políticos.
O objetivo da operação foi o de apurar suspeitas de manipulação de dezenas de procedimentos de contratação pública e privada, especialmente na área das tecnologias da informação. Os danos financeiros estimados ascendem a, pelo menos, 17 milhões de euros.
Entre os organismos visados destacam-se o Banco de Portugal, a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e o Balcão Único do Prédio (BUPi), conforme confirmado por fontes oficiais do Ministério da Justiça e pelo supervisor bancário.
A investigação aponta para indícios sérios da prática de crimes como participação económica em negócio, abuso de poder, corrupção ativa e passiva, fraude na obtenção de subsídios e branqueamento de capitais.
A operação Pactum representa uma nova vaga de escrutínio sobre a integridade das instituições públicas portuguesas, num momento em que a sociedade exige cada vez mais transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos. Como afirmou o filósofo e jurista Montesquieu: "Para que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder."
Fontes:
Polícia Judiciária: www.policiajudiciaria.pt
Procuradoria-Geral da República: www.ministeriopublico.pt
Agência Lusa (via SAPO e RTP): RTP Notícias | SAPO 24