Defendeste que a operação policial no Martim Moniz, que encostou dezenas de imigrantes à parede, "é uma vergonha para um partido como o PSD e, em bom rigor, também devia ser para o CDS" e lembraste o princípio, "Seja quem for a pessoa, ela deve ser tratada com dignidade na sua qualidade de pessoa humana."

Ora, foi a falta de  "dignidade" no tratamento aos imigrantes que ficou a faltar na ação policial e argumenta, com o programa original do PPD na mão, que "o aparato de visibilidade" é "uma vergonha".

Para a  líder parlamentar do PS, (obrigado Alexandra), Luís Montenegro está a aproximar-se do discurso radical do Chega.

Alexandra Leitão critica que esteja a ser criada "uma ideia de ligação entre a imigração e a insegurança, que o Governo em vez de promover, devia combater".

E vale lembrar com tristeza “Não há um branco encostado à parede e isto não pode ser por acaso", e argumenta ainda que esta operação "não causa tranquilidade". Pelo contrário, "só causa alarme".

"Eu acho bem polícia de proximidade. Agora, há uma coisa: cavalgar uma ideia - que o Governo sabe ser falsa - de ligação entre a insegurança e a imigração é que eu acho que não é digno de um partido como o PSD ou de um Governo apoiado pelo PSD e que é muito mais próprio e próximo das ideias de um partido extremista e populista de direita radical, como é o Chega", defende.