Alguns dizem que estará a ganhar poder de compra face ao aumento do custo de vida, pois em maio, o valor médio das remunerações declaradas à Segurança Social subiu 6,3% ou 95,59 euros para 135...
Alguns dizem que estará a ganhar poder de compra face ao aumento do custo de vida, pois em maio, o valor médio das remunerações declaradas à Segurança Social subiu 6,3% ou 95,59 euros para 1358,18 euros face ao vencimento médio de 1262,59 euros, do mesmo período do ano passado.
Este aumento visto em separado supera em 2,3 pontos percentuais a variação do índice de preços, de 4%, apurada para aquele mês, o que se traduz num ganho médio real para os trabalhadores, segundo as contas do Dinheiro Vivo com base na síntese estatística da Segurança Social publicada esta terça-feira.
“Em maio de 2023, as remunerações totais declaradas por trabalhador dependente apresentaram um valor médio de 1358,18 euros"", lê-se no relatório da Segurança Social, que aponta para um ""crescimento de 6,3% em termos homólogos"". É preciso ressalvar, contudo, que este valor é uma média conjugada entre vencimentos baixos, como o salário mínimo nacional, que está nos 760 euros, e folhas salariais mais elevadas, de dois ou cinco mil euros, por exemplo, sem relativizar pesos de números de trabalhadores e sobretudo sem ter em conta os diversos períodos de acordos salariais em Portugal
De relevar ainda que segundo o take-profit.org “Os salários médios na área do euro aumentaram para 2.066 EUR/mês (2.268,784 USD/mês) no quarto trimestre de 2022”
Com estes dados o aumento do salário médio bruto ultrapassou a inflação média anual de maio, como também se posicionou acima de 5,2%, o limiar mínimo de aumento estabelecido para este ano no acordo plurianual para a melhoria de rendimentos assinado entre Governo, confederações patronais e UGT (a CGTP ficou de fora).
As empresas que subirem os ordenados dos seus trabalhadores em pelo menos 5,2%, desde que tal menção esteja inscrita nos instrumentos de regulamentação coletiva, incluindo portarias de extensão, terão direito, no próximo ano, na altura da liquidação do IRC, a uma majoração em 50% com as despesas da valorização salarial.
Ja uma comparação mensal da evolução das remunerações entre abril e maio, o impulso foi bem mais ténue, de apenas 0,2% ou de 18,41 euros, passando de 1339,77 euros para 1358,18 euros sendo que e
abril, os trabalhadores ainda não tinham conseguido escapar ao efeito corrosivo da inflação nos seus salários, uma vez que o aumento homólogo foi de 5,8%, praticamente idêntico à variação do índice de preços, de 5,7%.
Numa evolução acumulada, entre janeiro e maio, a remuneração média subiu 7,8%, ainda assim abaixo dos 8% anunciados reiteradamente pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.
A inflação média anual do ano passado foi de 7,8%, o que significa que, no conjunto dos primeiros cinco meses do ano, não houve efetivamente um ganho real, mas apenas reposição da parcela que foi absorvida pelo aumento do custo de vida.
Os trabalhadores dependentes registados na Segurança Social têm vindo a subir. ""Em maio, o número de pessoas singulares com contribuições declaradas por trabalho dependente foi de 4 095 674"", e na variação mensal, verificou-se um aumento de 0,7%, o que corresponde a mais 29 281 trabalhadores.
Em termos homólogos, isto é, face a maio do ano passado, a subida foi mais pronunciada, de 4,4%, o que significa mais 173 433 indivíduos com contribuições sociais.
Em sentido contrário, tem caído o número de recibos verdes que, em maio, abrangeu 379 878 trabalhadores, uma diminuição mensal de 6,8% relativamente a abril, o que se traduziu em menos 27 591 inscritos como independentes.
Em termos homólogos, a redução foi de 10,5% com menos 44 407 trabalhadores por conta própria com descontos para a Segurança Social.
Os subsídios só chegaram a 59% dos desempregados, em junho e o valor médio do apoio melhorou 1,29 euros, ou 0,22%, avançando de 575,08 euros para 576,37 euros, segundo dados da Segurança Social.
Quanto à taxa de cobertura dos vários tipos de subsídio de desemprego que continuam a deixar de fora quase metade da população ativa sem trabalho, dos 277 742 inscritos nos centros de emprego, apenas 163 885, ou 59%, tiveram direito a um apoio estando de fora 113 857, ou 41%, dos desempregados, que não beneficiaram de subsídio algum.
O valor médio das prestações de desemprego foi de 576,37 euros, em junho, uma melhoria de 1,29 euros, ou de 0,22%, face aos 575,08 euros pagos em maio.
Joffre Justino
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