Em zonas do concelho, a espécie invasora cobre já, por completo, a água e há já praias a serem vítimas da "praga".

E quando apodrece passa  ser terreno fértil para a proliferação de milhares de insetos.

Ora quem usa o rio para desportos náuticos está obrigado a verdadeiras gincanas. Há riscos para a saúde pública, para a fauna e flora e prejuízos para o turismo.

Não é a primeira vez que este problema afeta as águas do rio, com os jacintos-de-água a formarem tapetes na superfície da água, impedindo que a luz do sol atravesse e assim a prejudicar  a fauna e flora.

Há três anos, a Câmara Municipal alertava para “o arrastamento de quantidades significativas destas plantas para as praias do Concelho pode gerar custos económicos para o Município”. Pode ainda causar “riscos para a saúde pública, nomeadamente pela sua degradação e proliferação de insetos vetores de doenças, e prejuízos para o turismo”.

No tal ministerio do Ambiente anda uma ministra que dificilmente saberá o que é um jacinto d’agua

Para saber o que é,  aqui vai. “O jacinto-de-água,aguapé baronesa ou gigoga(nome científico: Eichhornia crassipes) é uma espécie de planta aquática da família das pontederiáceas (Pontederiaceae).

Nativa da América do Sul, foi naturalizada em todo o mundo e muitas vezes é invasora fora de sua área nativa.”

Apesar de ser uma planta ornamental, sendo cultivada em tanques e fontes de jardim e utilizada como elemento de paisagismo em lagos e albufeiras, o jacinto-de-água está incluída na lista das 100 espécies exóticas invasoras mais perigosas do mundo segundo  a União Internacional para a Conservação da Natureza(UICN).

O jacinto-de-água cresce e se reproduz rapidamente, podendo cobrir grandes porções de lagoas e lagos.

Particularmente vulneráveis são corpos de água que já foram afetados por atividades humanas, como reservatórios artificiais ou lagos eutrofizados que recebem grandes quantidades de nutrientes.

Supera plantas aquáticas nativas, tanto flutuantes quanto submersas.

Em 2011, Wu Fuqin et al. acompanharam os resultados do lago Dianchi em Iunan e também mostraram que o jacinto-de-água pode afetar a fotossíntese do fitoplâncton, plantas submersas e algas pela qualidade do ambiente da água e inibir seu crescimento. O processo de decomposição esgota o oxigênio dissolvido na água, muitas vezes matando os peixes.

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Foto de destaque: Criação por IA