E por isso entende Ferro Rodrigues que o modelo é o  das "primárias abertas" e acentua que "abertas é no duplo sentido: na admissão de candidatos e de haver não apenas militantes do PS a votar.

É uma proposta de primárias como houve em 2014 quando foi a opção para escolher o candidato a primeiro-ministro entre o António José Seguro e o António Costa".

O socialista entende que o aparecimento de "não sei quantos nomes em sondagens só serve para criar confusão".

O modelo das primarias abertas, sao importantes  até porque há duas décadas que os eleitores do socialistas  se sentem perdidos nestas eleições.

Atenção que a escolha de um candidato do Partido Socialista (PS) para as presidenciais de 2026 levou cerca de 100 militantes do Partido a subscreverem um manifesto onde pedem um referendo interno. Se Pedro Nuno diz que "este não é o momento ainda da decisão", ja como se viu Ferro Rodrigues sublinha que é urgente "decidir a metodologia" e,  Augusto Santos Silva sublinha que presidenciais abertas é "uma ideia que merece reflexão".

"A realização do referendo fortalecerá a democracia interna do partido, porque permitirá que essa tomada de decisão seja o mais alargada possível e não apenas centrada num pequeno grupo de dirigentes e que conte com a participação ativa dos militantes e dos simpatizantes do partido", frisou o ex-candidato a secretário-geral do PS Daniel Adrião, um dos subscritores iniciais do manifesto, à agência Lusa.

No parlamento, recorda  que "não só é o PS que ainda não decidiu o apoio a um candidato presidencial", sublinhando que "nenhum partido ainda decidiu o apoio aos candidatos presidenciais".

Pedro Nuno Santos, entretanto  recusou sentir-se pressionado ou que venha a ser uma imposição sua.

Tambem Augusto Santos Silva entende que esta proposta é "uma ideia que merece reflexão".

"Evidentemente, é preciso deixar à direção do PS o tempo necessário para amadurecer essa reflexão e decidir. Umas primárias têm duas vantagens: a primeira é que impedem ou previnem que se apresentem candidaturas tão consolidadas que, depois, seja difícil voltar atrás, e permitem um debate aberto entre as pessoas interessadas. É um caminho para que, depois, se possa estar unido, porque haverá uma escolha e certamente todos aceitarão essa escolha", esclareceu, em declarações à RTP.

Augusto Santos Silva apoiou a perspetiva de Pedro Nuno Santos afirmando que "há muito tempo" e disse  estar de "de acordo com o secretário-geral do PS quando ele diz que ainda não é o tempo de decidir".

Sublinha, ainda, que "não faria sentido reduzir ou restringir o processo de escolha apenas àqueles que sejam militantes do PS".