Estes aumentos, impulsionados por fatores económicos e geopolíticos, afetam diretamente o orçamento familiar, sobretudo num contexto de inflação persistente.
Entre os produtos que sofreram os maiores aumentos, a dourada ocupa o primeiro lugar, com um impressionante acréscimo de 29%. Este aumento reflete-se numa diferença de 2,09 euros no preço do peixe, um alimento de alto consumo no país. A situação é agravada pela elevada procura de fontes de proteína mais saudáveis e sustentáveis, o que pressiona ainda mais os preços.
Logo a seguir, os cereais integrais registaram uma subida de 20%, resultado em grande parte das disrupções provocadas pela guerra eslava, que afetou a cadeia de fornecimento de grãos na Europa. Este aumento representa mais 68 cêntimos no custo deste bem essencial para uma alimentação equilibrada.
A perna de peru, por sua vez, também viu o seu preço aumentar em 19%, o equivalente a mais 88 cêntimos. Este encarecimento está relacionado com os custos crescentes na produção e no transporte de carnes.
Apesar destas subidas, os dados mais recentes indicam que, entre 22 e 29 de janeiro de 2025, o custo total do cabaz alimentar essencial diminuiu 3,06 euros, fixando-se nos 238,79 euros. Este valor reflete uma ligeira oscilação de preços, mas os especialistas alertam que esta variação é temporária e poderá não se traduzir numa tendência de descida sustentável.
O cabaz da DECO inclui uma vasta gama de produtos indispensáveis para as famílias portuguesas, como carnes, congelados, frutas, legumes, laticínios, mercearias e peixe. Os aumentos de preço em bens tão variados demonstram a amplitude do impacto económico que o país enfrenta, obrigando muitas famílias a reajustar as suas despesas mensais.
Dada a situação atual, torna-se essencial reforçar a sensibilização para práticas de consumo consciente. Comparar preços, optar por promoções, planear as refeições e reduzir o desperdício alimentar são algumas das estratégias recomendadas para enfrentar esta escalada dos preços. Além disso, as políticas públicas deverão focar-se na regulação e monitorização dos preços, garantindo que os consumidores não são vítimas de práticas abusivas.
O Séc. XXI continuará a acompanhar esta temática de perto, trazendo-lhe informações e análises sobre o custo de vida em Portugal. Subscreva o nosso jornal para receber conteúdos que prezam pela independência, solidariedade e sustentabilidade ativa. Informe-se e esteja preparado para tomar decisões conscientes no seu dia a dia!
Referências:
• Relatório de preços da DECO
• Estatísticas de consumo alimentar em Portugal
• Impactos económicos da guerra na Europa