Isto, "levanta a legítima questão de um afunilamento do cluster aeronáutico na vertente militar", consideram.
O que tem tudo a ver claro com a proposta deste giverno par obtef um emprestimo da UE para a guerra!
Em alternativa o PCP defende que deveria ser feito um investimento na aeronáutica civil, uma "área que garante mais e maiores mercados e maior estabilidade produtiva ao longo do tempo".
"A instalação desta unidade será, como veio a público, ligada necessariamente à vertente de voos de teste de aeronaves para uso militar e formação de pilotos", continua o partido.
Mais ainda o facto de pairar a possibilidade de o novo campo de Tiro da Força Aérea Portuguesa ser movido para os concelhos de Mértola e Serpa "levanta legítimas dúvidas sobre as futuras condições de utilização do Espaço Aéreo na Região Alentejo para a aviação civil".
Por tudo isto, o PCP pede esclarecimentos por parte do Governo, de forma a perceber se a decisão tomada com a Embraer põe em causa o uso do Aeroporto de Beja para fins civis "há tanto reivindicado pelas populações do Alentejo".
"O PCP reitera a sua posição de que é possível e necessário aproveitar o Aeroporto de Beja, ao serviço da região e do País, tirando partido de todas as suas possibilidades".
Na realidade como defende o PCP o aeroporto de BEja é um instrumento importante para potenciar o desenvolvimento do turismo na região.
Foi na quarta-feira, 17.12, durante uma visita às instalações da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, que o ministro da Defesa, Nuno Melo, assinou a tal carta de intenção com a Embraer.
"Hoje damos este passo, que é relevante. Não adquirimos apenas, adquirimos e queremos participar e hoje assinamos esta carta de intenção que tem em vista a criação de uma fábrica de produção de aeronaves Super Tucano".
De acordo com o ministro, só em 2025 "nasceram 60 novas empresas nas indústrias de Defesa" e tal deve-se ao "clima de confiança para os investidores" que o executivo "está a criar".
No caso das Super Tucano está em causa um procedimento semelhante ao investimento feito nas aeronaves KC-390, também produzidas pela brasileira Embraer e nas quais foram introduzidas modificações para as adequar aos requisitos estabelecidos pelas alianças das quais Portugal faz parte, nomeadamente a NATO, Nações Unidas e União Europeia.
Estas modificações, certificadas pela Autoridade Aeronáutica Nacional, fazem com que as aeronaves possam ser adquiridas por outros países membros da NATO ou União Europeia, com lucro para o Estado português.