A  recente assinatura com a Embraer para a produção de aeronaves na região e a possível mudança do campo de tiro também para o Alentejo, levou o PCP  a divulgar um comunicado enviado às redações, via a  Delegação Regional de Beja do PCP que começa por frisar que "sempre tem defendido o investimento e a diversificação do tecido produtivo na região do Alentejo, designadamente na sua vertente industrial".

…, o PCP nota que a assinatura de uma carta de interesse entre o Ministério da Defesa e a empresa Embraer para a produção de aeronaves visa um investimento apenas para a produção de "A29NL SuperTucano - como já acontece com outras unidades em produção na região". 

Isto, "levanta a legítima questão de um afunilamento do cluster aeronáutico na vertente militar", consideram.

O que tem tudo a ver claro com a proposta deste giverno par obtef um emprestimo da UE para a guerra!

Em alternativa o PCP defende que deveria ser feito um investimento na aeronáutica civil, uma "área que garante mais e maiores mercados e maior estabilidade produtiva ao longo do tempo".

"A instalação desta unidade será, como veio a público, ligada necessariamente à vertente de voos de teste de aeronaves para uso militar e formação de pilotos", continua o partido. 

Mais ainda o facto de pairar a possibilidade de o novo campo de Tiro da Força Aérea Portuguesa ser movido para os concelhos de Mértola e Serpa "levanta legítimas dúvidas sobre as futuras condições de utilização do Espaço Aéreo na Região Alentejo para a aviação civil".

Por tudo isto, o PCP pede esclarecimentos por parte do Governo, de forma a perceber se a decisão tomada com a Embraer põe em causa o uso do Aeroporto de Beja para fins civis "há tanto reivindicado pelas populações do Alentejo".

"O PCP reitera a sua posição de que é possível e necessário aproveitar o Aeroporto de Beja, ao serviço da região e do País, tirando partido de todas as suas possibilidades".

Na realidade como defende o PCP  o aeroporto de BEja é um instrumento importante para potenciar o desenvolvimento do turismo na região.

Foi na  quarta-feira, 17.12, durante uma visita às instalações da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, que o ministro da Defesa, Nuno Melo, assinou a tal carta de intenção com a Embraer.

"Hoje damos este passo, que é relevante. Não adquirimos apenas, adquirimos e queremos participar e hoje assinamos esta carta de intenção que tem em vista a criação de uma fábrica de produção de aeronaves Super Tucano".

De acordo com o ministro, só em 2025 "nasceram 60 novas empresas nas indústrias de Defesa" e tal deve-se ao "clima de confiança para os investidores" que o executivo "está a criar".

No caso das Super Tucano está em causa um procedimento semelhante ao investimento feito nas aeronaves KC-390, também produzidas pela brasileira Embraer e nas quais foram introduzidas modificações para as adequar aos requisitos estabelecidos pelas alianças das quais Portugal faz parte, nomeadamente a NATO, Nações Unidas e União Europeia.

Estas modificações, certificadas pela Autoridade Aeronáutica Nacional, fazem com que as aeronaves possam ser adquiridas por outros países membros da NATO ou União Europeia, com lucro para o Estado português.