Nos alojamentos familiares clássicos, ocupados como residência habitual, predominavam os de quatro ou cinco divisões (61,6%).
Na última década, essa tendência manteve-se, com 54,7% dos alojamentos construídos nesse período a apresentar a mesma configuração.
A proporção de alojamentos sobrelotados era de 12,7% e entre 2011 e 2021 registou-se um aumento de 17,1% de alojamentos sobrelotados.
Estima-se que em 2021 tenham sido concluídos 19 616 fogos em obras de construção nova e 3 906 em intervenções de reabilitação, representando, respetivamente, 83,4% e 16,6% do total de fogos concluídos.
Nesse ano existiam aproximadamente 5,9 milhões de alojamentos familiares clássicos para cerca de 4 milhões de agregados domésticos privados, o que correspondia a uma média de 1,44 alojamentos por agregado.
Em 2021, dos 5 970 677 alojamentos familiares clássicos que constituíam o parque habitacional, 69,4% encontravam-se ocupados como residência habitual (4 142 581). As residências secundárias representavam 18,5% (1 104 881) e os alojamentos vagos 12,1% (723 215).
A análise por região revelou uma tendência para a maior concentração dos alojamentos de residência habitual nas regiões da Área Metropolitana do Porto e da Grande Lisboa.
No que se refere aos alojamentos vagos, com a exceção das regiões do Cávado, Ave e Península de Setúbal, que tinham um peso inferior a 10% (8,6%, 8,7% e 9,6%, respetivamente), todas as restantes regiões variaram a sua representatividade entre 10,0% verificado na Área Metropolitana do Porto e o máximo de 17,4% registado nas regiões do Alto Alentejo e do Médio Tejo.
Em 2021, as carências habitacionais quantitativas existentes em Portugal eram de 136 800 alojamentos,correspondendo a 3,3% do total de alojamentos familiares ocupados como residência habitual.
Do total de carências, destacavam-se um total de 75 494 para suprir situações de alojamentos sobrelotados ocupados por um agregado com um núcleo familiar em coabitação com outras pessoas (55,2%) e um total de 55 098 para suprir situações de alojamentos sobrelotados de agregados com dois ou mais núcleos familiares (40,3%).
Em Portugal, no mesmo ano, existiam 154 075 alojamentos vagos para venda ou arrendamento sem necessidade de reparações ou com necessidade de reparações ligeiras, deduzidos da margem para funcionar o mercado.
Face às carências habitacionais quantitativas, observava-se uma margem de 17 275 alojamentos imediatamente disponíveis para utilização.
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Foto de destaque: Criada por IA