"A 24 de outubro, nós tínhamos 1240 horários por preencher, tínhamos 480 agrupamentos em que tinham pelo menos um horário por preencher e tínhamos 12 agrupamentos que tinham 10 ou mais horários por preencher", disse sem sequer pedir desculpa pelo fracasso Fernando Alexandre, admitindo que o valor já possa estar desatualizado.
Diz o ministro que os 1240 horários sem professores "estão todos concentrados" nas zonas da Grande Lisboa, Península de Setúbal e algumas áreas do Alentejo e Algarve.
Prevê o governo na proposta para o próximo OE "gastar mais 118 milhões de euros" para medidas de combate à falta de docentes e para atrair docentes para as escolas, o ministro recordou algumas medidas já em curso, como o apoio à deslocação a quem fica colocado longe de casa ou um novo concurso externo extraordinário para as escolas com mais dificuldades em contratar professores.
Pagar o serviço docente extraordinário ou permitir que os docentes possam prolongar a sua carreira para além da idade de aposentação foram outras medidas recordadas esta manhã por Fernando Alexandre.
O ministro reconheceu que, num universo de "mais de 128 mil professores (nas escolas), é natural que haja sempre horários por preencher, a questão é a rapidez com que [cada horário] é preenchido".
Imagine-se a Amazon que tem um total de 1,55 milhão de funcionários e que lamentavelmente fará cortes que representarão cerca de 4% desse total!
Poderá o seu CEO dizer aos acionistas que “há srmpre postos de trabalho por preencher?”
Duvidamos nao é?
E pior o ministro voltou esta quarta-feira a sublinhar que o número de horários vazios não permite perceber quantos alunos/clientes estão efetivamente sem lhes ser servido o que pagaram..!.
"Muitos de nós gostaríamos de saber responder ao número de alunos sem aulas. O sistema ainda não está montado para responder a isso. Vai estar. Temos de ter informação absolutamente rigorosa", afirmou Fernando Alexandre.